"Seria só uma estampa", diz Gabi sobre convite para Secretaria de Cultura

Marília Gabriela confirmou que recebeu o convite para a Secretaria de Cultura do governo interino de Michel Temer, com com a extinção do MinC (Ministério da Cultura), agora subordinado ao MEC (Ministério da Educação e Cultura).

A apresentadora afirmou que não é uma gestora e que, portanto, "não haveria cabimento" de aceitar o cargo, assumido esta semana por Marcelo Calero, ex-secretário da Cultura do Rio de Janeiro.

"O trajeto todo desse convite e a recusa durou muito pouco, algumas horas. Eu não aceitei porque, apesar de a minha vida ser totalmente ligada à cultura, não é o caso. Eu estava sendo convidada simplesmente por ser uma figura midiática. Eu seria apenas uma estampa num governo que em absoluto prestigiou a mulher", disse Gabi referindo-se ao governo interino de Michel Temer. "Agora, ainda estão colocando algumas mulheres em alguns cargos importantes. Era só mesmo para fazer uma estampa. Eu não seria nada além disso", afirmou ela durante o evento de lançamento do novo "TV Mulher", nesta sexta-feira (20), em São Paulo.

Gabi afirmou que pouco antes da ligação da senadora Marta Suplicy havia recebido um telefonema de uma amiga, fazendo o convite. "Minutos antes da Marta, ligou uma amiga minha e eu achei que era piada, alguém imitando a voz dela. Eu estava no cabeleireiro e falei: 'Olha, quando eu chegar em casa eu ligo para você'. Uns quatro minutos depois, ligou a Marta. Eu não sou uma gestora para comandar uma secretaria desse porte", afirmou.

A apresentadora comentou ainda a falta de representatividade feminina no governo. "É um reflexo do que estamos vivendo. Infelizmente, a saída da Dilma como se deu até esse minuto, de alguma forma comprometeu, inclusive, a possibilidade de protagonismo feminino nesse próximo governo. Eu torço para que não [continue comprometendo]", disse.