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Longe da TV, Mário Gomes apoia filhas artistas: 'Defendem as mulheres'

Galã na TV nos anos 1980, hoje Mário está se dedicando ao cinema e a quiosques de sanduíche na praia  - Reprodução/Facebook
Galã na TV nos anos 1980, hoje Mário está se dedicando ao cinema e a quiosques de sanduíche na praia Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/10/2020 09h48Atualizada em 02/10/2020 09h49

Afastado da televisão desde 2018, quando fez a novela "Tempo de Amar" na TV Globo, Mário Gomes falou de seus planos de carreira em meio a um tratamento de câncer de próstata, diagnosticado há 1 ano.

O ator, de 67 anos, investe no cinema para se manter próximo à dramaturgia e, paralelamente, abriu um negócio para vender sanduíches na Praia da Joatinga, na cidade do Rio de Janeiro.

"Tivemos agora a liberação do ponto. Vamos colocar um quiosque", contou Mário, que já é dono de uma barraca, à Patrícia Kogut, prestes a voltar às gravações dos filmes "Recomeçar", de Alessandro Barcellos, e "Quilombo: Zumbi dos Palmares", interrompidos pela quarentena.

O ator, que foi galã nos anos 1980, também está no ar na reprise da novela "Top Model", em que deu vida a Bira.

Ao comentar a presença da arte em sua vida, Mário contou que dois de seus quatro filhos também seguiram o caminho do pai, se dizendo "orgulhoso" do trabalho de Linda, de 28 anos, e Talita, de 25.

"Elas são muito capazes, bem preparadas, formadas em Artes Cênicas e Cinema, respectivamente. Fico orgulhoso, sem dúvidas. A gente conversa sobre os testes. É uma época um pouco amarga, em que se busca a liberdade. Está tudo muito difícil e louco no mundo, mas o trabalho delas é bem expressivo. Elas defendem as mulheres, mostram a sua força. A mulher é quem cria a humanidade, que dá à luz. Quem aqui está passou por lá. É interessante salientar isso para que haja um reconhecimento. A sociedade ainda é um pouco machista. As estatísticas são complicadas", afirmou Mário, que também é pai de Katarina, de 11 anos, e João, de 14.

Mário ainda comentou seu tratamento contra o câncer, que definiu como um "curativo". Ao falar da evolução da doença, ele se mostrou otimista com o futuro mas deixou sua crítica às autoridades por falta de estrutura de saúde pública.

"Eu faço Radioterapia de Resgate, que é, a princípio, um curativo. Como há uma lentidão de desenvolvimento do câncer, esse tratamento dá um foco à cura. Hoje em dia acho difícil esse tipo de câncer matar quem tem acesso aos equipamentos e aos remédios. Todas as pessoas deveriam ter acesso, mas não têm. Em vez de construírem estádio de futebol, deveriam ter construído hospitais", defendeu.