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“Amor à Vida” volta a usar sua arma preferida: revelações, gritaria e tapas

Mauricio Stycer

05/11/2013 05h01

Revelações na mesa do jantar, gritaria, tapas na cara. Mais uma vez, "Amor à Vida" tenta seduzir o público com uma cena pesada, mas absurda, em torno da família Khoury. É o que chamei, em outro texto, de terapia de choque  – uma técnica que Walcyr Carrasco vem usando sem parcimônia na novela, no esforço de alavancar o Ibope.

Desta vez, Felix (Mateus Solano) reuniu o clã para expor a mulher, Edith (Barbara Paz), e o pai, Cesar (Antonio Fagundes), ao constrangimento. Primeiro, revelou que o patriarca doou três pavimentos de um prédio comercial para a nora. Depois, tentou obrigá-los a admitir que Jonathan (Thalles Cabral) é fruto de uma relação dos dois.

O barraco desenvolvia-se naquele ritmo de jogral que o espectador de "Amor à Vida" já se acostumou, com frases curtas de cada personagem, de um canto a outro da mesa. Mas nada de Cesar e Edith confessarem o "crime". Até que… o mordomo Wagner (Felipe Titto) e a empregada Sirlange (Vera Ferreira) entram em cena.

Ex-amante de Edith, o mordomo tatuado avisa, como se fosse a coisa mais natural do mundo: "Eu sei toda a verdade. Eu sempre ouvi atrás das portas". E revela, então, que já ouviu antes a confissão de Edith. Sim, Jonathan é filho de Cesar. Todos ficam chocados. Wagner é acusado por Edith de estar mentindo.

Sirlange, então, surge em socorro do mordomo. Creio que foi sua primeira fala na novela: "Vocês pensam que a gente não existe, mas a gente que trabalha nesta casa, a gente sabe de tudo, mesmo sem querer." E confirma a bomba: "Eu já ouvi umas conversas da dona Tamara (Rosamaria Murtinho) e da dona Edith, elas falando que o doutor Cesar é o pai do Jonathan".

Edith, então, confessa: "Cesar era meu cliente. Eu era garota de programa quando ele me conheceu". Cesar confirma e expressa mais uma vez sentir desprezo e nojo do filho gay: "Eu paguei a ela, sim, para que ela conhecesse você. Você não tinha capacidade nem pra conquistar uma mulher você mesmo. Ela te ensinou a gostar de mulher."

A certa altura da confusão, Felix chama Edith de "vagabunda" e a empurra. Na sequência, Pillar encara a nora, que diz umas "verdades" a ela. Pillar começa então a xingar e bater em Edith. Ao fundo, Felix grita: "Bate! Bate que ela merece".

Felix havia levado a médica Glauce (Leona Cavalli) ao jantar, para confirmar que Jonathan não nascera prematuro, mas ela desapareceu da cena. O vilão também não se deu conta, ao armar a confusão e expulsar Edith de casa, que a mulher sabe tudo que ele fez com a filha de Paloma (Paolla Oliveira).

É óbvio que Edith se vingará, contando todos os podres do ex-marido nos próximos capítulos. Mais revelações, gritos e tapas nos esperam. Abaixo, imagens da cena do capítulo desta segunda-feira (04):

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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