"Batalha dos Confeiteiros” foi o reality gastronômico mais exótico do ano
Mauricio Stycer
10/12/2015 00h54
Como não chamar de exótico um reality em que:
1. O apresentador é americano (Buddy Valastro) e só se comunica com os candidatos em inglês, enquanto eles ouvem uma tradução das suas observações .
2. Um dublador, Wendel Bezerra, o mesmo de Bob Esponja e Goku, serviu como a voz de Valastro para o público durante toda a temporada.
3. As provas exigiam dos candidatos mais habilidade como decoradores e escultores do que de cozinheiros.
4. Figuras como Gaby Amarantos, Gugu Liberato, Rubens Ewald Filho, Sergio Marone e Sabrina Sato foram jurados.
5. Os avaliadores nunca experimentavam os bolos, julgando exclusivamente a aparência deles.
6. Uma das provas exigiu que os candidatos fizessem bolos em tamanho natural inspirados na ex-Miss Brasil Natalia Guimarães – os resultados foram desastrosos.
7. Uma das candidatas, Manu, ganhou imunidade em um episódio depois de preparar um macarrão (!!!) para Buddy.
8. A prova final contou com a bateria de uma escola de samba e exigiu que os participantes fizessem um bolo de Carnaval.
9. O vencedor, Rick Zavala, vai trabalhar com Valastro em uma filial da loja do americano, Carlo´s Bakery, em um shopping em Guarulhos (SP).
"Batalha dos Confeiteiros", enfim, conquistou o espectador por conta destas suas características e, em especial, graças ao carisma de Buddy Valastro. Mesmo sem falar português, ele comandou a final ao vivo como se estivesse em casa, muito à vontade. E já anunciou para 2016 uma segunda versão do reality.
Em tempo: Formato da Discovery Networks, "Batalha dos Confeiteiros Brasil" terá sua final reexibida no canal pago Discovery Home & Health na próxima terça, 15 de dezembro, às 19h30.
Audiência: A final na Record registrou média de 12 pontos no Ibope, em São Paulo, deixando a emissora em segundo lugar.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
Contato: mauriciostycer@uol.com.br
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