Ministério Público acusa Marcelo Rezende de estimular a violência na TV
A cena mais chocante exibida pela televisão brasileira em 2015 pode se transformar em um caso judicial em 2016. No final da tarde de 23 de junho, "Cidade Alerta" e "Brasil Urgente" mostraram, ao vivo, uma perseguição policial que terminou com um agente da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) atirando em dois homens caídos no chão.
O Ministério Público Federal em São Paulo considera que o apresentador Marcelo Rezende, do programa da Record, se posicionou de forma hostil e incitou à violência durante a transmissão.
"Se ele atirou é porque o bandido estava armado. E ele fez muito bem", defendeu o apresentador do "Cidade Alerta" na hora (veja no vídeo abaixo). Menos entusiasmado, Datena disse: "Não sei se os caras apontaram o revólver para o policial, não vi. Provavelmente, sim". Depois, revendo a cena, questionou a ação policial, sendo muito xingado nas redes sociais.
O procurador Pedro Antonio de Oliveira Machado, da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, quer que a Record veicule uma retratação, por dois dias, no mesmo horário do "Cidade Alerta", deixando claro que não concorda com a visão de Rezende.
Questionada pelo procurador antes que ele ajuizasse a ação, a Record argumentou que pelo fato de estar fazendo uma transmissão ao vivo não tinha como escolher as imagens que seriam exibidas, nem como prever o desfecho da ação.
O Ministério Público considera, porém, que a emissora, ao autorizar a transmissão, assumiu a responsabilidade pelo que foi visto. Além disso, argumenta o MP, a Record não viu problemas em reexibir imagens gravadas sobre o ocorrido.
Procurada, a Rercord informou que não foi notificada da ação. Caso a Justiça aceite o pedido do Ministério Público, a emissora irá se defender.
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