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Com pauta política, "Zorra" faz piada sobre Lula e impeachment de Dilma

Mauricio Stycer

09/04/2016 23h37

Como em 2015, o "Zorra" voltou, em sua segunda temporada, fazendo boas piadas sobre os problemas do cotidiano, como desemprego, inflação, promessas religiosas e burocracia. Uma novidade no cardápio do humorístico foi a pauta política.

O principal alvo do programa foi o ex-presidente Lula, indicado para o ministério da Casa Civil pela presidente Dilma, mas impedido, até o momento, de assumir em função de ações na Justiça.

zorrarefemO programa fez piada sobre a ideia de que a nomeação seria para garantir imunidade ao ex-presidente e evitar que fosse julgado pelo juiz Sergio Moro.

No esquete, um assaltante mantém uma mulher como refém, enquanto é cercado pela polícia. "Eu só largo ela com a presença do advogado". O policial concorda. "Eu só saio daqui com a presença da imprensa". O pedido também é aceito.

Quando pensa que a situação se encaminha para um final feliz, o policial ouve: "Eu tenho mais uma exigência", diz o criminoso. "Tudo para sair você e a refém em segurança", responde, conciliador. "Eu quero um ministério. Não sou otário, não. Eu sei que com ministério não vai pegar nada pra mim. Eu quero um ministério!".

Em outro quadro, o programa tripudiou dos problemas judiciais que envolvem os nomes na linha de sucessão da presidente Dilma. "A presidente sofreu um impeachment, ou golpe, dependendo do ponto de vista", explica um personagem.

Depois de informar que o vice-presidente, os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo, o presidente do XV de Araraquara e até o síndico do prédio enfrentam diferentes problemas para assumir o cargo, só resta ao porteiro José da Silva ser empossado na presidência da República.

Se seguir nesta linha mais política, não faltará assunto ao "Zorra" em 2016.

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.