Globo sobe o tom e sugere que Bolsonaro mentiu ao falar sobre Miriam Leitão
Em nota oficial lida por Renata Vasconcellos no "Jornal Nacional", a Globo acusou o presidente Jair Bolsonaro de mentir ao falar sobre Miriam Leitão nesta sexta-feira (19) em café da manhã com jornalistas estrangeiros.
Segundo relatos de quem participou do encontro, Bolsonaro afirmou que a jornalista do Grupo Globo foi presa, no final dos anos 1960, ao se dirigir para a região do Araguaia "para tentar impor uma ditadura no Brasil". Ainda segundo o presidente, a jornalista "mente" ao dizer que foi torturada e vítima de abuso em instalações militares durante a ditadura militar.
Disse a apresentadora do JN: "Em defesa da verdade histórica e da honra da jornalista Miriam Leitão é preciso dizer com todas as letras que não é a jornalista que mente. Miriam Leitão nunca participou ou quis participar da luta armada. À época militante do PC do B, Miriam participou de atividades de propaganda. Ela foi presa e torturada grávida aos 19 anos."
Miriam Leitão foi assunto do café da manhã do presidente por causa do cancelamento de sua participação na 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, após protestos de moradores da cidade. "Os jornalistas cobraram do presidente um comentário sobre o ato de intolerância" de que a jornalista foi vítima, registrou o JN.
Curiosamente, nenhum telejornal da Globo julgou digno de ser noticiado este caso no dia em que ocorreu e nos dias seguintes. Apenas uma afiliada da emissora, em Santa Catarina, registrou o fato, repudiando a intolerância contra Miriam.
A nota lida por Renata Vasconcellos registra que Miriam também foi "alvo constante de ataques" durante os governos do PT (Lula e Dilma) entre 2003 e 2016 (veja a íntegra aqui).
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