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Ibope: Apesar da perda de assinantes, TV paga vê crescer o tempo de uso

Mauricio Stycer

31/07/2019 16h40

Tela da pesquisa do Ibope apresentada no Pay-TV Forum

Apesar da perda irrefreável de assinantes desde 2015, o mercado de TV paga no Brasil está festejando dados divulgados pelo Kantar Ibope nesta quarta-feira (31) sobre o crescimento do tempo dedicado a ver televisão. A pesquisa foi apresentada por Melissa Vogel, CEO da empresa, no Pay-TV Fórum, em São Paulo.

Realizada nos 15 mercados com aferição regular de TV, com amostra de 29.988 domicílios, a pesquisa indicou que 40% dos entrevistados possuem TV por assinatura e consumiram, em média, no primeiro semestre de 2019, 3 horas e 24 minutos por dia vendo televisão. Há cinco anos, a média era de 3 horas e 7 minutos.

Em novembro de 2014 havia 19,7 milhões de residências no país com pontos de TV paga. Foi o ponto mais alto. Em abril de 2019, segundo dados da Anatel, esse número chegou a 17 milhões. É uma perda de quase 3 milhões de assinantes.

A pesquisa confirmou a tese do setor de que a queda no número de assinantes se deve à crise econômica e não à Netflix. Questionados por que não assinam pacotes de TV paga, 48% dos entrevistados responderam que o preço é o fator determinante. Entre os que assinam, 78% afirmaram que o principal motivo é ter acesso a conteúdo de qualidade.

Um dado interessante da pesquisa surgiu ao serem comparados os assinantes de pacotes de TV por assinatura com os que pagam por serviços de streaming, como a Netflix. Mais da metade dos entrevistados (52,8%) afirmou ter visto um ou outro no período de uma semana – 23% exclusivamente TV paga, 15% apenas Netflix e 15% os dois.

Na comparação do tempo médio dedicado a um ou o outro durante uma semana, a TV por assinatura (com 16 horas) superou de longe o vídeo on demand (3 horas e 14 minutos).

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Sobre o autor

Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).

Contato: mauriciostycer@uol.com.br

Sobre o blog

Um espaço para reflexões e troca de informações sobre os assuntos que interessam a este blogueiro, da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor.


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