Patrícia elogia Bolsonaro e diz: "Meu pai ensinou a ser pró-governo sempre"
Mauricio Stycer
11/08/2019 05h01
Apontada como possível sucessora de Silvio Santos na televisão, Patrícia Abravanel contou neste sábado (10) que aprendeu uma lição importante com o pai sobre a gestão da emissora. "Você sabe que o SBT é muito pró-governo. Independente do governante, a gente acredita que tem que estar apoiando", disse ela no "Programa Raul Gil" (veja no vídeo acima).
O comentário foi feito durante o jogo "Pra Quem Você Tira o Chapéu". Patrícia tirou o chapéu para Ivete Sangalo, Anitta, Neymar, Bolsonaro, Mara Maravilha e Rodrigo Maia. Não tirou para fake news, haters, Najila e Hellen Ganzaroli. Ao justificar o chapéu tirado para o presidente, ela disse:
"Ele é nosso presidente no poder. Toda autoridade é colocada ali por Deus. E a gente, como brasileiro, tem que torcer para que ele dê certo. Nós como brasileiros temos que orar pra que ele tome boas decisões e seja brilhante nesse governo atual. O primeiro gol foi agora. A Previdência foi liberada. Eu sei que não é algo tão popular, mas pro Brasil vai ser bom e a gente depois vai ser grato."
Após os elogios, Patrícia achou oportuno explicar que estava repetindo uma prática do pai. Ela e Raul Gil travaram o seguinte diálogo:
Patrícia: Agora, você sabe que o SBT é muito pró-governo. Independente do governante, a gente acredita que tem que estar apoiando.
Raul: Seu pai sempre apoiou.
Patrícia: Sempre. Ele ensinou isso pra gente.
Raul: Era o Lula, ele apoiou o Lula.
Patrícia: Apoiou Lula. Era Dilma, apoiou Dilma…
Raul: Antes era o Temer.
Patrícia: Antes também apoiou… Também apoiou o Temer. Então, a gente tem que estar perto dos nossos governantes pra eles poderem, sim, tomar boas decisões. Que a gente influencie eles para coisas boas. Que a gente acredite neles e torça por cada um deles. Então, aqui, eu, como meu pai, a gente é pró-governo. Sempre.
Raul: Amém.
Patrícia: E se eles fizerem alguma coisa errada, é claro que a gente pode puxar a orelha. Mas a gente tem que ser pró-governo.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, também mereceu muitos elogios de Patrícia. "Ele foi o grande responsável por articular, pra fazer com que todos esses 300 e tantos deputados que votaram pudessem dar o voto que fosse bom para o nosso país. Saibam que a gente está em boas mãos com o Rodrigo Maia no Congresso. E ele é um cara muito gente boa. Além de ter credibilidade e ser um baita articulador político."
Sem mencionar que seu marido, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), é o terceiro secretário da Câmara na gestão de Maia, Patrícia se vangloriou: "Tem que acompanhar política do Brasil pra gente poder opinar direito."
A participação de Patrícia no "Pra Quem Você Tira o Chapéu" foi planejada para servir de promoção à volta de "Topa ou Não Topa", que ela vai comandar a partir do próximo sábado, "roubando" uma hora, justamente, do programa de seu Raul.
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Sobre o autor
Mauricio Stycer, jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 30 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o diário esportivo "Lance!" e a revista "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Topa Tudo por Dinheiro - As muitas faces do empresário Silvio Santos" (editora Todavia, 2018), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011).
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