Crise com executivo e vida social seriam reais motivos para saída de Pelajo
Uma crise na redação com o editor-chefe Jorge Sacramento e ausência de vida social são apontados na Globo como os reais motivos da saída de Christiane Pelajo do “Jornal da Globo”. Pessoas próximas confirmam o mal-estar e falam em “situação insustentável”.
Não havia mais clima para Christiane por lá e frequentemente ela vinha cobrando uma posição da casa para se desligar do programa, reclamando, entre outras coisas, que não tinha vida social. Passava quase o dia inteiro na emissora e ainda sofria com o horário “ruim” de apresentação do telejornal.
Oficialmente, a Globo não diz que a saída foi motivada por crise interna, mas “por razões pessoais e compreensíveis”. Informa também que a jornalista, que vinha se ausentando constantemente, vai se dedicar a um novo projeto jornalístico, sem data de estreia definida, e que não existe qualquer possibilidade de ela trilhar o caminho de Fátima Bernardes e Patrícia Poeta no Entretenimento.
Christiane não respondeu ligações da coluna para falar sobre o caso.
E tem mais: sabe-se agora que a sua matéria “de despedida” do “Jornal Globo” é uma série sobre imóveis, a segunda, no caso, porque já teve um outra, há uns 3 ou 4 anos, sobre boom imobiliário.
A seguir, o comunicado sobre sua saída do “JG”, após 10 anos de bancada, distribuído ontem (quinta) por Ali Kamel, diretor-geral de jornalismo e esporte:
“Depois de dez anos na bancada do Jornal da Globo, ao lado de William Waack, Christiane Pelajo vinha solicitando mudanças de horário por razões pessoais e compreensíveis. Combinamos que isso aconteceria quando surgisse um novo projeto. Esse novo projeto surgiu. Ontem (quarta), conversamos, e decidimos que ela se dedicará desde já a ele[novo projeto], que será anunciado em breve. Por esse motivo, deixa desde já a bancada do JG. Antes, porém, Chris terminará uma série do JG a que está dedicada há alguns meses.
Nesses dez anos, Chris demonstrou todo o seu talento dividindo a bancada com Waack. Fez grandes coberturas nacionais e internacionais, séries de reportagens de fôlego e ajudou o JG a ter a reputação que tem. No novo projeto, terá certamente o mesmo desempenho. A partir de hoje, William Waack passa a ser o único condutor do Jornal da Globo, e fará, graças ao seu brilhantismo e capacidade de análise, o telejornal cumprir ainda mais profundamente a sua missão: contextualizar e explicar as noticias do dia, situando o leitor diante delas, sem deixar de dar todos os acontecimentos da noite. Juntamente com Jorge Sacramento e toda a equipe, ajudará a implementar mudanças de formato, linguagem e conteúdo... Tudo será feito de forma paulatina e sutil. Por isso, não se pode falar em um novo JG, e consequentemente não haverá sequer data de estreia. Waack é o profissional talhado para um noticioso como o JG. Brilhará, como brilhou até aqui. A todos, boa sorte", conclui.
*Colaboração José Carlos Nery
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