"Novelas continuam lançando moda e gerando discussão", diz João Emanuel
Um dos principais autores da TV Globo, João Emanuel Carneiro ficou satisfeito com o resultado de "A Regra do Jogo" – cujo último capítulo tem reprise neste sábado (12), na Globo. Em entrevista à coluna, ele também garante que o gênero telenovela não está desgastado e faz mistério sobre sua próxima trama.
Leitor exigente de seu próprio trabalho, Carneiro diz que só consegue tocar suas histórias adiante se estiver satisfeito com a sinopse e que "A Regra do Jogo" saiu como ele previa, apesar das dificuldades no caminho. "Escrevi a história que eu queria. A história central aconteceu como eu previa. E, sim, algumas propostas e personagens das tramas paralelas foram ajustados durante o processo em que a novela estava no ar, o que é comum já que estamos falando em uma obra aberta".
Focado nas férias depois do fim das gravações, o autor diz ser "quase impossível" responder se seus próximos trabalhos voltarão a tratar de histórias em favelas. "Não sou apegado a cenários, personagens ou a tipos de histórias. O que me interessa é contar uma história instigante, seja onde for, contada por quem for. Como você sabe, já fiz novelas das sete, novelas das nove, minisséries, supervisionei textos de colegas e tive oportunidade de passar por vários gêneros e estilos. Portanto, o que farei a seguir é um mistério até mesmo para mim".
E deixa claro que não concorda com os que dizem que o gênero telenovela está desgastado: "Há anos ouço isso e há anos as telenovelas continuam sendo produzidas. Elas entretêm, despertam paixões, lançam moda, geram discussão, dão audiência, repercutem e dão lucro. Geram milhares de empregos para artistas e técnicos brasileiros. E também dão prêmios para a TV Globo. Todos os anos há pelo menos uma novela da Globo que está entre as finalistas no Emmy Internacional, por exemplo. Além disso, são produtos vendidos no mundo inteiro, enfim, não vejo desgaste algum".
A missão de se renovar e buscar novos caminhos, porém, é "saudável" na opinião do autor. "Cada autor tem o seu, tem algo que o motive, que o faça ser capaz de sentar e escrever laudas e laudas a cada dia. O meu, como eu disse, é criar uma história que me prenda, que eu aprove", conclui.
*Colaborou José Carlos Nery
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