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Cinco vezes em que Fátima desconstruiu com classe o machismo no "Encontro"

Martinho da Vila, Marcos, Fátima Bernardes, Marcelo Médici e Luiz Carlos - Montagem/UOL/Reprodução/TV Globo
Martinho da Vila, Marcos, Fátima Bernardes, Marcelo Médici e Luiz Carlos
Imagem: Montagem/UOL/Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

01/11/2018 04h00

Fátima Bernardes não deixa o machismo entrar no "Encontro". Somente nesta semana, a apresentadora corrigiu dois famosos que disseram frases inofensivas para alguns, mas que expõe a cultura do "homem superior". E a global consegue desconstruir os convidados com muita classe e educação.

Na última quarta-feira (31), o sertanejo Marcos, da dupla com Bellutti, foi repreendido por Fátima ao brincar que o marido pode sugerir à mulher chorar no banheiro se estiver estressada. Na terça, foi a vez de Martinho da Vila ser corrigido pela apresentadora, após questionar "o que é assédio".

Desconstruir homens virou uma tarefa recorrente no "Encontro", e sobre qualquer assunto. O próprio consultor financeiro do programa já foi corrigido por Fátima após dizer uma frase machista.

Cinco machos desconstruídos por Fátima Bernardes

  • Reprodução/Globo

    Marcos & Bellutti

    Fátima Bernardes conversava a respeito da sobrecarga das mães com os filhos, muitas vezes em jornada dupla, que as deixam mais estressadas. Fernanda Rodrigues disse que se trancava no banheiro para "dar uma choradinha", e Marcos emendou: "Essa é uma dica pros maridos. Se a sua mulher estiver muito estressada, você olha pra ela e fala: 'Vai chorar'". A apresentadora repreendeu o sertanejo com uma risada irônica: "Não, não, não é essa a dica". Ele explicou: "Estou brincando".

  • Montagem/UOL/Reprodução/TV Globo

    Martinho da Vila

    Martinho da Vila foi desconstruído no "Encontro" sobre assédio no transporte público. "O cara que é solteiro tem problema para quando conseguir chegar numa mulher. 'Meu Deus, o que não é assédio?", questionou. Fátima respondeu com classe: "Engraçado que essa é uma questão masculina, mas não é uma questão feminina. A gente sabe quando é a paquera e quando é o assédio. Muitos homens ainda pensam em qual seria essa diferença. Para as mulheres, é muito mais tranquilo. É quando ela não se sente invadida de alguma maneira. Quando aquilo é algo que a faça sentir enaltecida, não ameaçada".

  • Montagem/UOL/Reprodução/TV Globo

    Marcelo Médici

    A atriz Jennifer Dias disse que usou mega hair e fez alisamento porque não era aceita com seus cabelos crespos naturais. Marcelo Médici interveio: "Mas aí é moda". A convidada ficou sem palavras, mas Fátima ajudou o ator a entender que aquela fala era errada. "Para mim, é moda escovar liso, mas para ela não é uma necessidade de aceitação?". Médici não aceitou a explicação. "Você vai falar melhor do que eu, mas eu acho moda", disse a Jennifer, que tentou abrir a mente do colega: "Eu não me sentia representada".

  • Montagem/UOL/Reprodução/TV Globo

    Luiz Carlos

    Vocalista do Raça Negra, Luiz Carlos sugeriu em uma edição do "Encontro" que parte dos casos de assédio é culpa das mulheres: "Vemos meninas de 12 anos que querem se portar como adultas, mas são crianças. Precisamos prestar atenção e dizer: 'Minha filha, não achei legal essa roupa. Vai para escola assim? O que esse batom vai significar?'". Fátima, educada, desconstruiu o pagodeiro com informação: "Na Índia, com uma cultura em que as mulheres precisam sair mais cobertas, tem um dos maiores índices de estupro. Não está relacionada à roupa".

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    Gustavo Cerbasi

    Nem o consultor em inteligência financeira do "Encontro", Gustavo Cerbasi, escapou do "raio desconstruidor" de Fátima Bernardes. Ao responder a uma mulher da plateia sobre divisão de despesas entre o casal, o especialista disse: "Eu acredito que cabe à mulher organizar o dinheiro da família". A apresentadora entrou na conversa e corrigiu o colega: "O estresse de ver que o dinheiro não vai dar sobrecarrega muito a mulher. Talvez a conversa seja boa para que a gente consiga dividir também isso, não só financeiramente, mas também em termos de responsabilidade".