Topo

Marrocos desmente ator de "Prison Break" e defende hospitais do país

O ator Dominic Purcell, de "Prison Break", se machucou durante as gravações da série - Reprodução/Instagram/dominicpurcell
O ator Dominic Purcell, de "Prison Break", se machucou durante as gravações da série Imagem: Reprodução/Instagram/dominicpurcell

15/06/2016 18h36

O governo do Marrocos classificou como "errônea" a versão de um relato do ator inglês Dominic Purcell, que interpreta o personagem Lincoln Burrows na série "Prison Break" e disse ter fugido de um hospital marroquino cheio de gatos.

Em entrevista ao site Deadline, divulgada na segunda-feira (13) pela imprensa marroquina, Purcell contou que, após ficar ferido durante a gravação de um episódio da série na cidade de Ouarzazate (sul do Marrocos), teve que ir ao hospital Sidi Hussein.

No local, uma equipe médica brigou para decidir quem tinha que operar o ator, segundo ele. O relato, porém, não foi bem recebido no Marrocos.

"A versão [dita por Purcell na entrevista] é errônea", comentou Samir Sabban, diretor do hospital, ao jornal "Ajbar al Yawm".

Purcell chegou à seção de emergências do hospital com um ferimento profundo no rosto e recebeu os primeiros socorros no local. Quando estava sendo diagnosticado sobre a operação que necessitava, o ator teria dito que só aceitaria ser operado por um médico e um enfermeiro que o acompanhavam e que não pertenciam ao hospital.

De acordo com Sabban, Purcell só queria utilizar as instalações e os remédios do hospital, o que foi recusado pela equipe médica. Diante da resposta recebida, o ator se levantou da maca e fugiu.

O diretor do hospital não mencionou a questão dos gatos, mas reconheceu que o centro médico está em obras e tem aparência de uma oficina aberta, o que surpreendeu o ator.

No fim, a Fox disponibilizou ao ator um helicóptero que o transferiu à cidade de Casablanca, onde foi tratado por um médico particular, o melhor especialista da cidade -- e para quem Purcell só teve elogios.

O relato de Purcell evidencia os diferentes padrões da saúde no Marrocos, e as enormes disparidades entre as infraestruturas públicas das grandes cidades do eixo atlântico (Tânger, Rabat e Casablanca) e o resto do país.