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Em série musical, Taís Araújo exalta cantores populares: "Têm seu valor"

Ana Cora Lima

Do UOL, no Rio

22/09/2015 07h00

Intérprete de Michele, empresária, mulher e dançarina do astro Brau, em "Mister Brau", série da Globo que estreia nesta terça-feira (22), Taís Araújo mudou o modo como vê o mundo da música por conta da personagem.

O maior entendimento sobre o trabalho dos músicos, lembra Taís, começou em "Cheias de Charme", quando ela interpretou Penha, uma das integrantes do trio de tecnobrega As Empreguetes. "Na época, me senti idiota porque a gente acha que no Brasil só é bom aquilo que faz sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo. Posso não curtir um determinado estilo musical, mas não posso ignorar. Se um cantor ou uma banda faz shows em média para 10 mil e até, 25 mil pessoas, ele tem o seu valor”, comenta a atriz.

Taís cita o sertanejo Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro em junho deste ano, como um exemplo do sucesso fora do eixo Rio-São Paulo. "Quando ele morreu, todo mundo ficou meio assim porque não se sabia direito quem era e aí a imprensa informa que o cantor era simplesmente o segundo cara que mais fazia shows no Brasil!”, explica a atriz.

Ela também lembrou de Lucas Lucco como outro fenômeno de público. "A Solange Couto é muito minha amiga, ela interpreta a mãe dele em 'Malhação', e me contou que há pouco tempo esse rapaz trabalhava numa loja e hoje tem um avião. O Brasil proporciona isso, esse enriquecimento rápido nesse universo graças ao talento. Cara levar 25 mil pessoas em um show não é fácil. Eu suo para levar 300 no teatro”, brinca.

"Mister Brau", com roteiro final de Jorge Furtado e direção geral de Maurício Farias, conta a história de Brau (Lázaro Ramos), um astro que se muda para uma mansão e, por conta de sua rotina incomum, se envolve em confusões com a nova vizinhança.

Ainda na história, Brau conquistou fama internacional com sua música - uma mistura de gêneros que vai de ritmos africanos ao pop, é adorado pelo público e reverenciado por outros artistas

Apesar de estar mergulhada no universo musical, Taís afirma que não tem vocação para os microfones. "Por ser uma atriz, interpreto cantoras, mas talento para cantar, seguir na carreira, não tenho mesmo", diz ela que também cita as agendas de shows, ensaios com as bandas, gravações em estúdios e programas de televisão como um empecilho para a profissão. "Tudo muito trabalhoso. Admiro os popstars que ganham rios de dinheiro, mas vale cada centavo. Nós, atores, também trabalhamos bastante! Pena que não recebemos tanto", completa.

“Estou bem, mas ainda não me vejo gostosa"

Bem-humorada, Taís conta que gostaria muito de ser parecida com a sua mais nova personagem. “Michele é uma mulher inteligente, sagaz, irônica e mandona. Tenho um pouco das três qualidades, mas adoraria saber mandar”, confessa a atriz em ótima forma física. Na série, ela vai usar e abusar dos figurinos mais ousados. “Estou bem, mas ainda não me vejo gostosa. Sofri muito para chegar a esse corpo e estou sofrendo até hoje. Não vejo problemas com as cenas de biquíni e até falo para o Mauricio Farias [diretor da série] que se a bunda tiver boa deixa aparecer, se não corta”.

Sobre o segredo do corpo enxuto sete meses após o nascimento da segunda filha, Maria Antônia - ela é mãe também de João Vicente, de 4 anos -, Taís disse que não foi nada fácil. "Passei por muito sacrifício. Fiz ginástica, balé fitness, caminhada, musculação, todos os tratamentos estéticos que existem no mundo e, claro, muita dieta. Ando comprando direto essas dietas que vendem no Instagram. Trago marmita todos os dias, mas o pior foi cortar a cerveja. Odiei cortar a cerveja, caipirinha e o vinho", confessa.