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Casal que discutiu com José de Abreu se manisfesta pela primeira vez

Do UOL, em São Paulo

01/05/2016 21h32

Ana Paula e Tiago, o casal que discutiu com José de Abreu em um restaurante em São Paulo no dia 22 de abril, manifestaram-se pela primeira vez sobre o ocorrido através de uma nota oficial. Na ocasião, o ator chegou a cuspir no rosto de Ana Paula quando foi xingado por defender o PT e o governo Dilma. A nota foi lida durante o “Domingão do Faustão” neste domingo (1º).

“O jovem casal, para manter a própria privacidade e a de suas respectivas famílias, decidiu manifestar-se exclusivamente por meio desta nota. Os dois querem virar a página definitivamente deste lamentável episódio, provavelmente resultado de um momento de descontrole do senhor José de Abreu. Na ocasião, nem mesmo eventuais comentários que viessem de encontro com as convicções políticas ou ideológicas justificaria ou autorizaria a atitude repugnante deste senhor. Trata-se de ato incompatível com a civilização do século 21, com o agravante de ter sido praticado por uma figura pública nacionalmente conhecida e de quem se espera exemplo. Para Ana Paula e Tiago, que integram uma nova geração de brasileiros e que acreditam no futuro do país, o Brasil precisa retomar o espírito ordeiro e pacifico e honesto de nossa sociedade".

No último domingo (24), José de Abreu foi o convidado do quadro "Arquivo Confidencial", também no "Domingão" e falou que não se arrependeu de ter cuspido nos jovens.

Entenda o caso

No último dia 22, José de Abreu afirmou ter sido ofendido por um casal e respondeu cuspindo no rosto deles, durante um jantar em São Paulo. O global, defensor do PT e da presidente Dilma Rousseff, escreveu no Twitter ter sofrido "agressão gratuita" durante 30 minutos enquanto jantava em um restaurante japonês ao lado de sua mulher. O casal foi chamado por José de Abreu de "coxinha" (apelido para quem é contrário à ideologia de esquerda), "fujão", "covarde" e "fascista".

Ao UOL, José de Abreu explica a briga e o cuspe. Segundo ele, o casal o chamou de "ladrão" e sua mulher, Priscila Pettit, de "vagabunda". Ele ameaçou chamar a polícia, porém voltou atrás em consideração ao amigo, dono do restaurante.

"Ele estava sentado na mesa do lado, ficou meia hora incomodando a minha mulher e ela não queria me dizer, chamando-a de 'ladra, vagabunda da lei Rouanet'. Minha mulher nunca fez nada com a lei Rouanet, estuda Cinema, está começando uma carreira, é advogada, não tem nada a ver com lei Rouanet, nunca usou na vida. Depois ele falou: 'É muito fácil comer em um restaurante japonês com o dinheiro do povo brasileiro, petista ladrão'. 'Você está maluco, moleque? Do que você está falando?' Ele começou a me chamar de 'ladrão' e eu chamei o gerente, meu amigo: 'Esse cara está me importunando, é um louco'. Ele começou a dizer que eu era 'ladrão da lei Rouanet' e cuspi na cara dele. A mulher dele falou que minha mulher era 'ladra da lei Rouanet' e cuspi na cara dela também. 'Falei: 'Vai reagir? Vem me bater, vem! Faça alguma coisa, covarde fascista!' Ele não fez nada", afirma o ator.