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Com vilã assassina, Thaís Fersoza exorciza fama de mocinha em "Escrava Mãe"

Thaís Fersoza interpreta a vilã Maria Isabel em "Escrava Mãe" - Edu Moraes/Rede Record
Thaís Fersoza interpreta a vilã Maria Isabel em "Escrava Mãe" Imagem: Edu Moraes/Rede Record

Natália Guaratto

Do UOL, em São Paulo

07/06/2016 07h00

Com uma semana de exibição, a novela “Escrava Mãe” já tem em sua vilã, a aristocrata Maria Isabel (Thaís Fersoza), um de seus principais acertos. As maldades da personagem têm agradado ao público e desde a estreia da nova trama da Record, a expressão “Maria Isabel Terrível” já figurou algumas vezes nos Trending Topics do Twitter.

“Maria Isabel exige uma força de atuação que eu ainda não tinha feito e acho que as pessoas vão poder perceber isso ao longo da novela”, conta Thaís em entrevista ao UOL. “Foi muito interessante a composição dela porque eu vim de uma história de muitas mocinhas e as pessoas falam que eu tenho cara de menininha, cara de novinha, o que eu fico feliz, mas é muito bacana poder mostrar esse outro lado”, completa a atriz.

Antes de Maria Isabel, Thaís havia interpretado somente mais uma vilã. "Nunca tinha feito uma personagem tão intensa. A Rosália de 'Dona Xêpa' era ambiciosa, era mais uma questão de se dar bem, achar um homem rico. A Maria Isabel é uma vilã assassina, uma personagem que mata e maltrata", diz.

O outro lado a que Thaís se refere é o jeito calculista de Maria Isabel. Para chegar ao tom frio e debochado de Maria Isabel, Thaís conta que se inspirou na Marquesa Isabelle de Marteuil, interpretada por Glenn Close no filme “Ligações Perigosas”. "Longe de mim querer me comparar a ela, mas assisti a esse filme e trouxe algumas coisinhas: o olhar frio, o deboche, o sentimento de superioridade", explica a atriz.

Filha mais velha do Coronel Custódio (Antonio Petrin), ela tem atração por violência e gosta de observar os escravos sendo punidos. Rejeitada por Miguel (Pedro Carvalho), ela odeia a escrava Juliana (Gabriela Moreyra) e chega a aplicar castigos físicos na mucama com as próprias mãos.

Aplicar chibatadas nos colegas de elenco, aliás, foi o que Thaís achou mais difícil de fazer em “Escrava Mãe”. “O momento da cena é realmente muito complicado, a pessoa ali ajoelhada e você precisa sentir aquela ira, falar palavras duras. Tenho 20 anos de carreira e nunca tive esse de problema de me envolver com personagem, sair da gravação mal, quando acaba eu me liberto, deixo fluir”, explica Thaís.