"Renasci", diz Sabrina Parlatore após vencer o câncer de mama
O telefone de Sabrina Parlatore não parou de tocar nesta terça (21), após ter revelado no programa "Morning Show", da rádio Jovem Pan, que retirou um câncer de mama. A apresentadora optou por contar publicamente depois de terminar o tratamento e esperava a repercussão pelo assunto estar em evidência por causa de Edson Celulari, que anunciou um linfoma não-hodgkin na última segunda.
"Eu até imaginava [o tamanho da repercussão] pela importância do assunto, e essa minha entrevista estava agendada havia muito tempo. Edgard já sabia, é meu amigo. Fiquei feliz de falar isso pela primeira vez em público para um amigo tão sensível como ele", comemora Sabrina Parlatore ao UOL.
Aos 41 anos, Sabrina realiza exames regularmente, porém descobriu o câncer "sem querer", em maio de 2015: "Estava coçando meu colo e senti um caroço que me chamou a atenção". Após a biópsia, veio a confirmação de um tumor maligno no seio esquerdo.
"É um baque, um susto danado, principalmente por não saber o que é, em que estágio está, mas o médico me tranquilizou", conta a apresentadora, que não tem casos na família. Sabrina submeteu-se a uma cirurgia para retirar o tumor e rapidamente voltou para casa, e em seguida fez quimioterapia preventiva para não sobrar resquícios do câncer.
"Foi o período mais difícil de todos, porque os efeitos colaterais são muito, muito fortes", relembra Sabrina, que se assustou quando soube que teria de fazer quimioterapia: "Fui procurar saber sobre perucas, porque a droga para a mama derruba todos os pelos do corpo".
Dias antes de começar o tratamento, Sabrina foi apresentada a um novo aparelho, recém-aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que "congela" a cabeça e impede que a química penetre no couro cabeludo. "Dói muito, mas me ajudou psicologicamente", recorda. Ela perdeu 30% dos fios.
Fora da TV, Sabrina trabalha como mestre de cerimônias em eventos corporativos e cantora em bares e empresas. Ela manteve a rotina e cancelou trabalhos apenas no fim do tratamento, porque se sentia "esgotada" pelo tratamento. Em janeiro deste ano, após seis meses, concluiu a químio e realizou 33 sessões de radioterapia.
Em 15 de março, Sabrina concluiu definitivamente o tratamento contra o câncer, uma data especial para ela: "Simboliza voltar a vida, renascer, porque a gente se sente 'morto'. Brinco que 'dei uma morridinha e voltei', porque a químio arrasa com o corpo. Eu me sinto renovada, renascida, com uma sensação de que o melhor está por vir. Estou positiva, otimista. Venci uma p... de uma batalha. Sou f...!".
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