Raul e Mohamad explicam por que trapalhões são queridinhos no "MasterChef"
A terceira temporada do “MasterChef” perdeu, na última terça-feira (5), um de seus participantes mais carismáticos: o atrapalhado Fernando Bianchi. Apesar da pouca habilidade na cozinha, sua eliminação bateu o recorde de audiência do reality. A saída dele teve ainda muita lamentação nas redes sociais.
Não é a primeira vez que um concorrente trapalhão vira queridinho do público do reality show. Na primeira edição, o posto foi ocupado por Mohamad Hindi, que eternizou o termo “sexy carrot”. “Não é só a questão de ser atrapalhado, tem a coisa de perder a cabeça, ser engraçado, chorar. Acho que as pessoas se identificam por ser uma coisa real, todo mundo tem um defeito e a gente acaba mostrando isso”, diz ele em entrevista ao UOL.
Acho que as pessoas se identificam por ser uma coisa real, todo mundo tem um defeito e a gente acaba mostrando isso.
Mohamad Hindi, participante da primeira edição
O publicitário Raul Lemos, vice-campeão da segunda temporada, tem opinião parecida. “Quem é atrapalhado tem essa coisa de ser mais autêntico, as pessoas gostam e se sentem mais próximas”, afirma.
Se ser desastrado não ajuda a levar o prêmio do “MasterChef”, o carisma com o público rende frutos. Além de ter fundado uma empresa de cozinha itinerante e uma agência digital focada em gastronomia, Raul virou apresentador fixo do “MasterChef – A Prévia”, programa exibido antes da atual temporada do reality show.
Já Mohamad enveredou para o lado do humor e mantém um canal no YouTube que mistura esquetes e culinária. “Hoje em dia eu acho bom não ter ganhado porque quem ganha fica com uma responsabilidade grande com a cozinha. No meu canal, eu cozinho para a galera, cozinha do dia a dia, porque você não chega em casa e abre uma massa de macarrão, você chega e come uma massa pronta, às vezes um macarrão instantâneo”, diz.
Minha mãe diz que eu sou um pequinês no corpo de um São Bernardo.
Raul Lemos, vice-campeão da segunda temporada
Apesar de não considerarem profissionais, Raul e Mohamad dizem ter aprendido a domar a afobação que rendia momentos engraçados no “MasterChef”. “Minha mãe diz que eu sou um pequinês no corpo de um São Bernardo. Hoje eu sou mais organizado na cozinha, continuo estabanado, mas sei lidar e já conto com isso”, diz Raul, que tem um conselho para os trapalhões que estão por vir: “Mantenha-se atrapalhado, mas mantenha-se focado no processo”.
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