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Luiza Brunet rebate acusações do ex: "Agressores insistem em distorcer"

Luiza Brunet tira foto do olho machucado em imagem exibida pela Globo - Reprodução/TV Globo
Luiza Brunet tira foto do olho machucado em imagem exibida pela Globo Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

14/07/2016 22h12

Luiza Brunet rebateu as acusações do ex-namorado Lírio Parisotto, que depôs nesta quinta-feira (14) sobre a denúncia de agressão e disse que reagiu a um ataque da ex-modelo. Em nota à imprensa, a defesa de Luiza reafirma que ela foi "vítima de grave agressão por parte de seu ex-companheiro" e diz que "agressores de mulheres insistem em distorcer fatos e apresentar como culpada quem sempre foi vítima".

"Os advogados da atriz Luiza Brunet reiteram que a artista foi vítima de grave agressão por parte do seu ex-companheiro Lírio Parisotto. Também repudiam as recentes afirmações que, repetindo prática que é comum à maioria dos agressores de mulheres, insistem em distorcer fatos e apresentar como culpada quem sempre foi vítima. Por fim, reafirmam a confiança da atriz na condução dos trabalhos pelo Ministério Público", diz o comunicado oficial de Luiza.

Lírio Parisotto depôs no Fórum Criminal de São Paulo sobre as acusações de tê-la agredido fisicamente no dia 21 de maio, em Nova York. Segundo a defesa do empresário, Parisotto alegou que reagiu a um ataque da ex-modelo.

“Quando uma pessoa vai agredir e morder, a outra pessoa contém. Isso ele assume que fez”, afirmou o advogado Celso Vilardi em conversa com jornalistas no Fórum Criminal de São Paulo. Ao ser perguntado se o olho roxo exibido por Brunet em foto não contrariava a versão da defesa, ele negou: “É uma questão médica, pode ser de contenção. Ele tem provas de mordidas, de tapas”.

Celso Vilardi, advogado do empresário Lírio Parisotto no Fórum Criminal de São Paulo - Rafael Cusato/Brazil News - Rafael Cusato/Brazil News
Celso Vilardi, advogado do empresário Lírio Parisotto, no Fórum Criminal de São Paulo
Imagem: Rafael Cusato/Brazil News

Vilardi ainda afirmou que a defesa fará “exposição de algumas coisas desagradáveis” e usará contra Brunet o fato de ela ter trabalhado na novela “Velho Chico” após a agressão. “Não dá pra dizer que estava a 40 dias de repouso enquanto estava gravando na Rede Globo cena de novela. Ela trabalhou a semana inteira, postou no Instagram dela, fizemos uma ata notarial”.

Em seu depoimento, que durou cerca de uma hora, Parisotto ainda teria dito que sofreu outras agressões por parte de Brunet. “Ele é vítima de agressões, isso está absolutamente documentado, com amigos em comum”, disse Vilardi, que também falou sobre a existência de “documentos em que ela própria diz que precisa se controlar e precisa de auxílio médico”.

Parisotto está impedido de se aproximar ou de manter contato com Brunet por conta de uma ordem judicial expedida no dia 1º de julho. 

O caso

A revelação da violência foi feita pela ex-modelo à coluna de Ancelmo Gois no jornal "O Globo". Ela acusa o empresário de espancá-la na madrugada do dia 21 de maio, durante uma viagem do casal à Nova York.

Segundo o relato de Luiza, o então companheiro começou a se exaltar durante um jantar com amigos, quando o casal foi questionado se iria a uma exposição. Parisotto disse que não iria porque, da última vez, foi confundido com o ex-marido da modelo.

Ao voltarem para o apartamento onde estavam hospedados na cidade americana, Parisotto discutiu com a atriz e a atingiu com um soco no olho e chutes. Em seguida, ela diz ter sido derrubada no sofá e imobilizada violentamente, o que provocou a quebra de quatro costelas da atriz. Luiza conseguiu escapar depois de ameaçar gritar pelo concierge. No dia seguinte, ela voltou ao Brasil, onde iniciou tratamento médico para as lesões.

"É doloroso, aos 54 anos, ter que me expor dessa maneira. Mas eu criei coragem, perdi o medo e a vergonha por causa da situação que nós, mulheres, vivemos no Brasil", declarou ela ao colunista.

Com os laudos médicos e fotos que comprovavam a agressão, a atriz entrou com representação contra Parisotto no dia 23 de junho. "Foi um depoimento muito seguro, mas ela se mostrou abalada. Nos solidarizamos com o sentimento dela, entendemos que a agressão era grave e ensejava a aplicação de medidas protetivas porque nos relatou bastante medo", diz Carlos Bruno Gaya da Costa, promotor do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) responsável pelo caso.

*Com informações da agência Estado