"Ele fez tudo sem dublê", entrega diretor de "Novo Mundo" sobre Chay Suede
Chay Suede garante que se entretém enquanto trabalha para dar vida a Joaquim de "Novo Mundo", mas essa é só uma meia verdade. Não que brincar de ser alguém do século 19 não seja divertido, mas é que as gravações da nova novela das 18h, que estreia nesta quarta-feira (22), são também de muita ralação para o ator de 24 anos. Quem entrega a dificuldade do papel é o diretor geral da novela, Vinícius Coimbra.
"Esse cara aqui é guerreiro! Ele fez tudo sem dublê. Subia, descia, se pendurava em corda. Esse merece nosso aplauso", afirma o diretor, deixando o intérprete quase envergonhado.
Na trama de Alessandro Marson e Thereza Falcão, Joaquim é casado com Elvira (Ingrid Guimarães), atriz de commedia dell'arte como ele, que lhe causa um problemão ao roubar uma barra de ouro e esconder o objeto na bolsa que o marido usará em cena. Acusado injustamente do crime, ele foge para o Brasil e, no trajeto, conhece Anna (Isabelle Drummond), por quem se apaixona. A travessia do Atlântico tem à frente alguns obstáculos - piratas, inclusive -, o que demandou um esforço extra em tantos saltos e malabarismos.
Quando viu o tanto que o personagem lhe exigiria fisicamente, Chay decidiu pegar pesado na malhação. "Quis ficar forte para ter gás, para aguentar a rotina de gravação. Ficava das sete da noite às três da manhã lutando sem parar. Ingrid é muito desprendida de qualquer vaidade, generosa em cena. A gente riu muito um da cara do outro e passou uns perrengues durante algumas madrugadas correndo feito loucos, mas foi maravilhoso", diz.
Treinos com espada também entraram no dia a dia do ator, que acabou dando conta das sequências de aventura, embora não tenha saído completamente ileso. "Na hora do 'Ação!' e dos treinos eu conseguia fazer praticamente tudo. Tenho muito medo de altura, isso acabou me curando um pouco. Machuquei várias coisas, mas tudo superficial. Nos momentos de euforia a gente não pensa muito", confessa.
Chay diz que não precisou nem ler a sinopse para aceitar o papel: disse "sim" quando soube do envolvimento direto de Joaquim na trajetória dos índios retratados na novela. Na trama, o personagem leva um tiro durante a viagem e seu corpo é resgatado, com vida, em uma aldeia no sul da Bahia. Anos depois, ao presenciar o massacre de aldeias, ordenado por Dom João 6º (Léo Jaime), o mocinho decide juntar índios de nações diferentes para ir até o Rio de Janeiro, onde pretende pedir ajuda a Dom Pedro (Caio Castro).
"Ele é o herói da história, mas ele não faz a menor ideia disso, não lida muito com o fato de ser um cara legal. A ficha vai caindo aos poucos, quando ele se dá conta do tamanho da missão dele", analisa.
A questão indígena é algo que sempre mexeu com Chay, ele diz, usando no peito um colar da tribo kanela. Até o nome de sua banda, Aymoreco, é inspirada no nome da etnia aimoré. "Quanto mais a gente estuda mais se dá conta de como essas pessoas viviam e vê a barbárie que foi o descobrimento do Brasil. Foi muito mais violento do que os livros de história contam. Eram muitas nações indígenas, mais de 200 dialetos e uma cultura tão vasta foi destruída, é pavoroso se dar conta dos números", afirma o ator, que conviveu em uma aldeia no Pará durante a fase de preparação.
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