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Caso Zé Mayer vira tema principal de festa de nova série e famosos comentam

Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

05/04/2017 08h05

O assunto não poderia ser outro no lançamento de "Os Dias Eram Assim", supersérie da Globo que estreia dia 17 de abril: a campanha "Mexeu com uma, mexeu com todas", que mobilizou grande número de funcionárias da emissora e ganhou apoio nas redes sociais.

Sophie Charlotte, protagonista da trama e uma das famosas que posaram com a camiseta mais cedo, em apoio à figurinista Susllem Tonani, que denunciou o ator José Mayer por assédio, foi uma das poucas que falaram no evento sem constrangimento.

"É um momento maravilhoso para a gente ser mulher, para repensar, questionar, para a gente se unir com afeto e promover uma revolução de ideias que possa se transformar numa revolução nas nossas ações. A gente está repensando, trazendo uma questão para ela ser resolvida, para não ficar mais na obscuridade", disse.

Letícia Spiller escolheu bem as palavras antes de comentar o tema. "Eu acho que é válido. As mulheres não podem se calar, é importante as mulheres terem coragem de denunciar, mas tem que ter cuidado na hora de julgar, tem que ser justo", afirmou.

Marcos Palmeira também demonstrou solidariedade à campanha. "A carta diz tudo. Não quero julgar, mas essa geração tem um machismo muito forte. Acho importante o empoderamento da mulher. Tenho uma filha de 10 anos", disse.

Entre outros famosos do elenco, no entanto, o tema era evitado a todo custo. Nando Rodrigues se recusou a comentar, Maria Casadevall desconversou ("Precisava de mais tempo para falar sobre isso"). Já Susana Vieira se irritou com uma repórter que insistiu na pergunta. "Caceta, ela cismou com esse assunto!", disse a atriz.

"Em primeiro lugar vim aqui pra falar desse seriado, não vou me manifestar sobre outro assunto. Essa palavra [assédio] não vai entrar na minha entrevista", encerrou ela, que mostrou humor melhor para contar histórias da carreira.

O elenco de "Os Dias Eram Assim" se reuniu nesta terça-feira (4) no Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro do Rio. O espaço foi decorado com fotos dos anos 70 e 80, época em que se passa a trama, uma Kombi, orelhões e pranchas de surfe.