Filha de Vivianne Pasmanter não se conforma com Germana: "Ficou revoltada"
Entre as crianças, a Germana de "Novo Mundo" faz sucesso. Não é para menos, já que Vivianne Pasmanter vê a dona da taberna como uma espécie de Cuca do "Sítio do Picapau Amarelo". Mas na casa da atriz, a personagem não é tão popular.
A filha caçula da atriz, Lara, de 12 anos se recusa a ver as cenas da mãe, que fica irreconhecível em cena graças a um aplique de cabelo, pintura corporal, lentes de contato, uma prótese e muita "sujeira".
"Meu filho [Eduardo, 14] gostou, mas ela não assistiu. Há uma semana que ela deu uma olhadinha, do meu lado. Mas se manteve firme um tempão, ficou revoltada com a minha aparência. Deve ter vergonha da mãe", conta ela, aos risos.
Depois de alguns meses de prática, a transformação da intérprete em Germana já está mais rápida: agora demora "só" uma hora, diariamente. Trabalho mesmo é o processo de se desmontar.
"São banhos bem demorados (risos). Eu saio assim. Já cheguei a uma festa e me perguntaram: 'O que você tem no dente?'. Tinha sobrado um pouco de maquiagem. Sempre sobra alguma coisa", afirma ela, que usa uma camada de verniz nos dentes e sombra escura por cima.
Antes da estreia da novela, a atriz já pregou peças em colegas da Globo que não a identificaram debaixo de tanta caracterização. Agora, não há quem não reconheça Vivianne, nem o fato de que sua performance é um dos destaques da novela.
"O sucesso da personagem foi uma surpresa. Outro dia veio um câmera de outro estúdio, emocionado, dizendo que queria me dar um abraço. É muito gratificante. A gente brinca muito. A televisão sempre teve essa coisa de que menos é mais. A Germana é o contrário", analisa.
Em toda sua falta de noção - e de higiene -, Germana tem em Licurgo (Guilherme Piva) um companheiro à altura. Por mais que não pareça, o ator jura que, sim, existe amor entre o casal.
"É um amor distorcido. Quantas pessoas não têm uma relação sadomasoquista, de machucar e receber, que ficam presas a isso que chamam de amor? Como diz o Chay [Suede], eles são o único casal que trepa nessa novela! Existe muito afeto", conta ele.
Para Piva, a aceitação da dupla, tão politicamente incorreta, é curiosa.
"Acho que o humor salva. Com ele, a gente consegue fazer uma crítica a esses pequenos atos errados, que todo mundo faz na vida. Todo mundo reclama do país porque o governante rouba, mas todo mundo agarra qualquer oportunidade de se dar bem. Eles sublinham essa parte, e as pessoas se reconhecem. Riem de si próprios", analisa.
Nem sempre dizer em voz alta os desatinos dos personagens é uma tarefa fácil, mas o ator vê um lado bom nisso.
"No dia em que a gente foi escolher os escravos, tinha dez negros na nossa frente, meus amigos, gente que fez 'Xica da Silva' comigo. Ter o humor junto facilita na hora. Mas quando o público ri é aquele riso que incomoda. É um absurdo a gente ter ainda em dia preconceito."
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