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Fafá diz que foi chamada dias antes de atuar em "A Força": "Foi um choque"

Fafá de Belém caracterizada como Mere Star em "A Força do Querer" - Reprodução/GShow - Reprodução/GShow
Fafá de Belém caracterizada como Mere Star em "A Força do Querer"
Imagem: Reprodução/GShow

Felipe Abílio

Do UOL, São Paulo

05/10/2017 04h00

Acostumada a trocar mensagens com a autora de "A Força do Querer", Gloria Perez, Fafá de Belém disse ter ficado "em choque" com o convite para entrar na trama, "aos 45 minutos do segundo tempo", como Almerinda, a mãe desaparecida do caminhoneiro Zeca (Marco Pigossi), um dos mocinhos da trama. 

Fafá de Belém e Zezé Polessa juntas nos bastidores da novela - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Fafá de Belém e Zezé Polessa juntas nos bastidores da novela
Imagem: Reprodução/Twitter
“A Gloria me ligou falando que tinha um caminhoneiro em mente e me perguntou sobre a distância de um lugar para outro, começamos a falar, e cada vez que ela tinha uma dúvida em relação ao Estado e os costumes do Pará ela me ligava, mandava um zap", conta a cantora ao UOL. "Um dia a minha assessoria me ligou enlouquecida querendo saber qual era a minha personagem na novela. Falei que não estava em novela nenhuma, que era bom eles nem falarem sobre isso porque iria sobrar gente falando que eu queria aparecer às custas de Belém. Estava no final do Show dos Famosos [quadro do "Domingão do Faustão], quando alguém da novela me ligou para conversar sobre o personagem.”

Com agenda cheia para a divulgação de seu álbum “Do Tamanho Certo para o Meu Sorriso”, Fafá conta que teve de remanejar todos os compromissos para conseguir conciliar com as gravações.

“Tentei falar com a Gloria e não consegui. Me chamaram para fazer uma reunião e no mesmo dia me entregaram os textos. Cheguei no hotel, abracei os textos e dormi! Acho que foi o choque!", lembra, com uma de suas inconfundíveis gargalhadas. "Cheguei apavorada porque já tinha feito uma novela na Record ["Caminhos do Coração, em 2007], mas tive tempo para a preparação. Agora, entrar numa novela de mega sucesso, falando sobre a minha terra… Entrei muito tensa, mas fui abraçada por Zezé Polessa, Tonico Pereira e tem sido maravilhoso.”

Fafá acompanhada da filha e da neta durante o Círio de Nazaré em 2016 - Igor Mota/Futura Press/Estadão Conteúdo - Igor Mota/Futura Press/Estadão Conteúdo
Fafá acompanhada da filha e da neta durante o Círio de Nazaré em 2016
Imagem: Igor Mota/Futura Press/Estadão Conteúdo
A cantora, que leva o Belém da terra natal até no nome artístico, diz que entendeu as críticas às diferenças dos sotaques no início da trama, mas avalia que hoje o Pará está sendo muito bem representado pela trama.

“No começo foi muita grita porque os sotaques estavam muito nordestinos. Mas é difícil porque é a primeira vez que se faz um núcleo paraense. Então o próprio ator tem a prosódia do nordestino como norte. O que acho mais maravilhoso são as gírias. A Isis [Valverde] se apropriou de uma forma fantástica do ‘égua’ e ‘lasquei-me’, a Ednalva (Zezé Polessa) representa todas as mulheres do Pará, de todas as classes. A primeira vez que gravei na casa da Nazaré era como a casa da minha avó, o colorido, tudo. O Pará está ali, a gente está sendo representado na forma, no jeito, na música, na graça.”

Apesar das duas experiências na dramaturgia e de uma atuação elogiada até pelos colegas de elenco, a cantora admite que não sabe se levaria uma carreira de atriz adiante. “Gosto de fazer coisas, gosto de gente, me jogo nas coisas, mas não faço o que eu não acredito. Minha primeira personagem em ‘Caminhos do Coração’ era uma dona de circo, maravilhosa. Agora, faço uma mulher forte da minha terra. Não sei se faria um personagem muito diferente de mim. Mas poderia fazer meu lado ruim, que é péssimo”, diz, gargalhando.