Dani Boy retoma carreira após proibição da Justiça e quer rever Gugu
Dani Boy, o menino fofo que aparecia no Domingo Legal como Guguzinho, nos anos 90, se prepara para retomar a carreira após ser proibido pela Justiça. Hoje com 24 anos e prestes a ser pai, o cantor lançará em 2018 um DVD e outros projetos para mostrar ao público que ele cresceu e também para fazer a transição da infância para a fase adulta que não aconteceu.
"O mais difícil hoje, para voltar, é as pessoas entenderem que esse Dani Boy era aquele menininho. Muita gente não consegue entender que foi há 15 anos", admite o cantor ao UOL. "Luan Santana e Justin Bieber eram menininhos e se transformaram em homens, a transição foi impecável. O Dani Boy não teve isso, porque saiu menininho e já apareceu homem, sem adolescência", compara.
O cantor decidiu retomar a carreira artística usando o nome de menino que o consagrou. Tentou se apresentar pelo nome de batismo, Marcos Felipe, mas não deu certo. Atualmente, lota casas de shows e mata o público de saudade como Dani Boy. Ele considera 2017 seu melhor ano desde que voltou a cantar.
Neste ano, além do nascimento de Jozé Felipe, seu primeiro filho com a noiva, Carolina, o cantor lançará seu quinto CD, "Dani Boy Volume 5", contando os dois álbuns da infância e os dois mais recentes. Ele também publicará vídeos antigos de suas aparições na TV e concluirá a transição para a fase adulta no palco, em um DVD com a participação de Daniel, seu ídolo, e de um sósia mirim.
"Quem vai começar cantando é o Dani Boy criança. Consegui um dublê muito parecido comigo. No final, eu entro e ele desaparece, e a próxima música será com o Daniel. No novo material que estamos fazendo, vamos trazer de volta para as pessoas saberem quem aquele Dani Boy é hoje", antecipa.
Reprovação e proibição da Justiça
O público não viu Dani Boy crescer porque ele teve de deixar a TV por imposição judicial. Em 2002, no auge do sucesso, foi reprovado na escola por faltas e obrigado a cancelar todos os contratos, da gravadora às marcas de brinquedos. O garoto não pôde trabalhar até completar 18 anos e com os estudos concluídos.
No período em que não podia trabalhar como artista, Dani Boy concluiu os estudos e até montou uma banda de rock. Chegou a vencer um concurso para gravar um CD, mas a Justiça o impediu novamente porque ainda era menor de idade. Apesar das dificuldades, o cantor não lamenta a pausa abrupta: "Valeu a pena ter ficado esses anos fora. Fui estudar, aprendi a cantar, porque quando criança era bonitinho. Aproveitei esse período para tocar instrumentos e compor muito".
De palhaço a Guguzinho
Dani Boy já queria ser artista com dois anos de idade, quando ainda era Marcos Felipe: "Sempre gostei de ter atenção". No mesmo dia em que começou a andar, encantou-se com um palhaço que animava a entrada de uma loja de calçados e começou a se apresentar com ele. Aos quatro, ganhou da avó um LP de João Paulo & Daniel e virou fã: vestiu-se de cowboy e cantou as músicas do disco sertanejo em uma feira de agronegócio. Daniel estava presente e conheceu seu fã mirim.
"Foi tudo muito rápido. Conheci Daniel em 15 de julho de 1998 e no domingo seguinte eu estava no Gugu", recorda. Hoje, Dani Boy se orgulha de ser amigo de seu "padrinho" na música e comemora a parceria no próximo DVD: "Ele me chama no WhatsApp e sempre o chamo de padrinho, é um cara por quem tenho muito respeito. Tudo que aconteceu na minha vida eu devo a ele. Meu primeiro microfone foi ele que deu".
De Dani Boy (nome escolhido em um concurso de uma loja de discos) para Guguzinho, a mudança foi radical. Em seu primeiro "Domingo Legal", pediu emprego a Gugu ao vivo e conquistou o público. Na semana seguinte, apareceu com os cabelos loiros (pintados por Jassa) e o mesmo terno do apresentador, em versão reduzida. A audiência do programa explodia, e a carreira do astro mirim também. "Eu ia ao shopping e a polícia tinha que tirar, porque a segurança não conseguia. Não tinha noção. Tenho foto até com o Van Damme!", relembra.
Quando teve que deixar o "Domingo Legal" por ter reprovado na escola, Dani Boy não recebeu um telefonema sequer de Gugu, mas não guarda mágoas do apresentador e o procura para gravar um depoimento sobre a fase em que trabalharam juntos no SBT.
"As pessoas pensam que odeio o Gugu, mas não o julgo por nada. É um cara muito compromissado. Não tive com ele o contato que tenho com o Daniel. Tenho só duas fotos com ele, e uma tinha uns dez seguranças. Para o DVD, tenho depoimentos de Raul Gil, Sérgio Mallandro, Daniel, mas não consigo o Gugu de jeito nenhum. Não tem como, é muito blindado. Mas tem bom coração, me ajudou muito, consegui gravadora graças a ele. O tempo vai fazer as coisas acontecerem", torce.
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