Com menos ibope e sem repercussão, "Deus Salve o Rei" decepciona
Uma grande batalha marcou a semana da novela "Deus Salve o Rei". Exibida em quatro capítulos, a guerra entre os reinos de Montemor e Artena foi a aposta da direção para marcar uma virada na trama, que está há dois meses no ar.
As cenas consumiram 11 dias de trabalho, envolveram 150 figurantes, 1.300 figurinos e tiveram como locação uma fazenda no interior do Estado do Rio. As gravações ocorreram um mês antes da exibição para que a equipe de pós-produção tivesse tempo para incluir digitalmente cenários e outros efeitos. A repercussão, porém, ficou aquém do esperado e o sinal amarelo acabou sendo ligado nos bastidores.
Na quarta-feira (7), “Deus Salve o Rei” chegou ao 50º capítulo com média de 25 pontos no Ibope, na Grande São Paulo. Está 3,8 pontos atrás da antecessora “Pega Pega”, que acabou com a maior média desde o sucesso “Cheias de Charme” (2012): 29 pontos frente aos 32 da saga das empreguetes.
Oficialmente, a emissora não reclama dos índices, mas o UOL apurou que nem todos estão satisfeitos com os resultados. Houve um grande investimento na divulgação, no elenco e na tecnologia. São quase cem profissionais envolvidos nos efeitos especiais e recursos em 3D, que “completam” os cenários, como partes do castelo, campos e florestas. A expectativa era que audiência ficasse em torno dos 30 pontos.
Na web, a sequência passou batida e, entre os poucos comentários, destacavam-se as críticas. (Veja alguns comentários no final deste texto)
Mais humor, por favor
Além da personagem de Bruna Marquezine, a futura rainha e vilã Catarina, mais leve e menos dura nas expressões, Monique Alfradique e Mel Maia vão, em breve, entrar para movimentar a trama com intuito de levar a história mais para a comédia do que para o drama.
Já a participação de Paula Fernandes, que faria uma passagem de seis capítulos interpretando uma freira, foi cancelada. Foi uma “decisão artística” adotada pela emissora. "Não cabia a presença neste momento por mudanças do roteiro", informou a Globo por meio de sua assessoria de imprensa.
Protagonizada por duas das principais estrelas jovens da casa, a namorada de Neymar e Marina Ruy Barbosa, a novela surgiu como um projeto ambicioso.
Lançada em janeiro, a trama começou a ser divulgada em outubro de 2017, com reportagens sobre o universo medieval no “Fantástico”, “Encontro com Fátima” e “Mais Você”. Foram organizados encontros com o elenco e vistas aos sets para jornalistas e fãs, antes mesmo da estreia. Bruna, Marina e Tatá Werneck participaram de outras ações, incluindo a Comic Com, evento geek que aconteceu em dezembro passado, em São Paulo. Até pré-estreias em cinemas nas capitais do país foram organizadas.
Na época da estreia, o autor Daniel Adjafre concordou com o ineditismo na divulgação e explicou que a temática chamou atenção e entregou um dos motivos: “Tem também o fato de ser um formato mais próximo da série, uma novidade para emissora e que requer uma atenção maior".
O diretor Fabrício Mamberti endossou a identidade diferenciada. “Cada vez mais, a Globo tem buscado isso numa série, em novelas diferentes e o [Carlos Henrique] Schroder [diretor-geral] fala que devemos buscar conteúdo, de abrir um pouco mais para que o mundo está trazendo de temas, ideias, argumentos, assuntos e questões. É o que estamos fazendo com esse projeto” completou.
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