"Sentia olhares do tipo: 'Será que ela vai dar conta?'", diz Ellen Rocche

Ellen Rocche não teve folga após viver a enfermeira Suzy em "O Outro Lado do Paraíso", que acabou há menos de um mês. A atriz já voltou ao batente nas gravações da "Escolinha do Professor Raimundo", na qual interpreta Dona Capitu. 

Nas ruas, ela ainda sente a repercussão do sucesso da novela das nove. "Perguntam pela Tigrinha", conta. E sentiu na pele que, estar no ar no horário nobre, deixou sua vida pessoal mais exposta.

"É uma curiosidade normal das pessoas a partir do momento que você está em exposição. Sempre quiseram saber do meu namoro, mas eu nunca falava", conta. Recentemente, ela terminou o relacionamento com o nutricionista  Rogério Oliveira.

Aos 38 anos, Ellen admite que já sentiu que seu talento foi colocado à prova. 

"Sentia uma olhada do tipo: 'Será que ela vai dar conta?', 'Será que ela consegue decorar o texto?'. E cada desafio que me passavam, serviram para fortalecer, dar um gás. É uma carreira tão bacana, que amo e fui aprendendo a gostar, porque na verdade queria fazer Medicina", conta.

Ela passou pelos programas "Fantasia" e "Casa dos Artistas", do SBT. Na Globo, esteve em "A Turma do Didi", "Zorra Total", fez participações em novelas e atuou ainda em "O Astro" (2011), "Sangue Bom" (2013) e "Haja Coração" (2016).

O início foi como assistente de palco de Silvio Santos, chamou a atenção ao aparecer com o rosto pintado como dubladora do programa "Qual é a Música?" ao lado de Felipeh Campos e foi uma das finalistas do reality show "Casa dos Artistas 2".

"Trabalhei sete anos no SBT. Fiz o 'Qual é a Música?' e fui assistente de palco do Silvio. Vejo que foi uma evolução, um aprendizado constante. Minha carreira não foi meteórica, foi de degrau por degrau, aprendendo, tijolinho por tijolinho", analisa.

A atriz recorda do início com carinho e diz se sentia bem à vontade de trabalhar com o dono do SBT. "Tenho muitas lembranças. O Silvio foi como uma família pra mim porque comecei muito novinha lá, estou com 22 anos de carreira já. O Silvio é maravilhoso, tratava a gente como se fosse filha praticamente, brincando sempre."

"O Silvio é um mito. Via vários artistas chegando perto dele e tremendo na base. Ele tem um domínio, uma presença que transforma o ambiente. Ele chegava e aquecia o auditório, transformava a atmosfera", recorda.

"Às vezes, me botava nas piadas de loira, sacaneando. Eu brincava também, era muito legal. Foi muito emocionante e tenho muita saudade do Silvio porque a gente não tem mais contato. Sou muito grata a ele e ao SBT também", completa.