"A primeira coisa que você pensa é a morte", diz Ana Furtado sobre câncer
A possibilidade de dar força para outras mulheres que também sofrem com o diagnóstico do câncer de mama foi um dos motivos principais para Ana Furtado decidir falar publicamente sobre a luta contra a doença no dia 27 de maio. Imediatamente, ela recebeu uma onda de solidariedade com mensagens de apoio. A apresentadora disse que isso a ajudou a superar o medo.
"Tanta manifestação de carinho, de solidariedade e isso faz toda a diferença. Quando resolvi falar sobre o meu câncer, foi uma decisão muito corajosa, mas ao mesmo tempo muito certa do meu objetivo porque como uma pessoa pública eu tinha esse propósito. Quis me colocar como uma ferramenta de divulgação, de alerta para as mulheres, que isso pode acontecer com qualquer uma, inclusive comigo, que sempre me alimentei bem, sempre me cuidei, sempre fiz esporte. Não tinha o perfil e também não tenho a doença na minha família", contou ela no "Encontro" desta segunda (25).
"Quando você resolve o diagnóstico de câncer, ele vem cheio de significados destrutivos e difíceis. A primeira coisa que você pensa é a morte, é o medo, é insegurança, é a culpa, a destruição. São tantas coisas difíceis, e naquele momento eu não estava sozinha, mas ao mesmo tempo, com todo aquele carinho da família, eu me sentia solitária. Queria ajudar outras mulheres a fazer esse alerta e poder apoiar também livremente todas as pessoas que estão passando pelo mesmo que estou", completou.
O programa recebeu na plateia várias mulheres que venceram o câncer e mandaram mensagens de apoio para Ana Furtado nas redes sociais. Ela descobriu a doença através do autoexame.
"O significado pesado e duro que o câncer traz, tudo isso veio como um turbilhão para cima de mim no momento que recebi a notícia. Quando consegui me reequilibrar e ter o discernimento emocional, veio o último significado para mim que foi a lição de vida. O câncer agora não é mais o meu vilão, é meu professor".
A apresentadora contou que com a primeira sessão de quimioterapia já perdeu parte do cabelo. "O cabelo cai, mas muito pouco. Antes de começar a quimio, dei uma mudada na cor do meu cabelo, mas já perdi de 20 a 30%. Num primeiro momento, foi uma das coisas que me assustou muito, mas depois é exatamente isso, cabelo cresce de novo. E é um ritual de passagem, você está sendo convidado para ser gentilmente retirado".
Otimista, Ana deixou uma mensagem de força para as mulheres que acabaram de receber o diagnóstico da doença. "Quero dizer que ninguém disse que a vida é fácil e essa vai ser uma fase da sua vida, que realmente não vai ser fácil, mas ela passa. Que você lute, mas tire do seu coração, da sua alma, o ódio, o rancor, tudo de ruim que essa doença possa te trazer. Porque quanto mais energia ruim, você se torna vítima ou agressora, harmonize-se... Promova a paz dentro de você, restabeleça a sua força, reze, tenha muita fé, força, coragem. A minha cura é inevitável, a sua também vai ser".
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