Ator e cineasta, Gissoni relaxa com filha e casamento: "Minha terapia"

Na reta final de "Orgulho e Paixão", Bruno Gissoni emendará outro trabalho, desta vez atrás das câmeras. Aos 31 anos, o ator dirigirá seu primeiro filme, o curta-metragem "Entre", que será rodado em Bagé (RS). Sem descanso, ele busca relaxar aproveitando cada momento disponível ao lado da filha, Madalena, e da mulher, Yanna Lavigne, com quem está casado há três meses.

"Escrevi o filme há pelo menos um ano e meio. Pensei em oferecer a algum diretor, mas muitas pessoas me encorajaram e decidi executá-lo. Vou começar a filmar em novembro. É um projeto de baixíssimo orçamento, mas acredito muito", afirma o ator em entrevista ao UOL.

O primeiro e, até agora, único ator confirmado no filme é Rodrigo Simas, irmão de Gissoni e colega de elenco de "Orgulho e Paixão". Ele interpretará o protagonista, um fotógrafo que começa a fotografar uma mulher e a deixa incomodada. "Ela é muito conservadora, tem um marido machista, e isso aflora um sentimento que não entende, até que ela vai ao encontro dele. É uma história muito quente e passional", antecipa.

Novela de época, mas atual

Enquanto se prepara para realizar o sonho de ser cineasta, Gissoni se despede feliz de Uirapuru, poeta sedutor de "Orgulho e Paixão": "É a primeira vez na casa em que pude criar algo além, uma composição mais profunda de voz e corpo. Ao mesmo tempo em que é superficial, brinca com os sentimentos".

O ator também aprova a trama de época lidar com temas atuais, como feminismo e homossexualidade. "É quase desesperador, porque passaram muitos anos e falamos as mesmas coisas. Acho genial esfregar na cara da sociedade. As coisas mudaram, mas ainda temos muito caminho para percorrer", pondera.

"Família é amor, seja como for"

Gissoni quer aproveitar ao máximo a fase especial que vive na carreira e em casa. Com Yanna Lavigne e Madalena, o ator amadureceu seu conceito de família e passou a se importar unicamente com o sentimento que tem pela mulher e pela filha, especialmente após ficar meses separado da atriz.

"Quando era mais novo, eu era mais conservador, tinha uma cabeça mais arcaica. Hoje em dia, a palavra que define família é amor, seja como ela for: com os pais casados, com pais do mesmo sexo etc. Independentemente de eu estar vivendo outras histórias e a Yanna também, a família sempre esteve ali, unida, presente. Quando casamos, foi só uma mudança de status, porque a família sempre existiu e nunca foi abalada", conta.

Mesmo com a rotina puxada do casal --Yanna já começou a gravar "O Sétimo Guardião, próxima novela das nove da Globo--, Madalena consegue desfrutar ao máximo do carinho e da companhia dos pais, que a levam para todas as viagens. Bruno Gissoni se vê um novo homem desde a chegada de sua primeira filha, em maio de 2017.

"Sabemos que esse momento passa rápido e é um dos mais deliciosos. A vida é feita de etapas, e cada uma delas tem uma transformação mental, física, espiritual. Minha filha veio me dar mais essa etapa, que está sendo a maior transformação da minha vida. O tempo que tenho com ela é o meu lazer, o meu momento de calma, de amor, de brincadeira. Estar com ela é quase uma terapia. [Madalena] é um ser lotado de luz. Só tenho a agradecer todos os dias por viver esse momento", se declara.