"Me livrei de um peso. Há males que vêm para o bem", diz Waack sobre Globo
William Waack disse ter se livrado de um peso ao comentar a sua saída da Globo, demitido da emissora em dezembro de 2017, por causa de um vídeo vazado no qual aparece fazendo comentário de cunho racista
"Do ponto de vista profissional, tenho quase meio século de jornalismo, isso me ajudou tremendamente. Me livrei de um peso, como diz aquele surradíssimo ditado popular, ouvi tanta gente que acabei acreditando: 'Há males que vem para o bem'", disse ele, em entrevista ao programa "Mariana Godoy Entrevista", da RedeTV!.
"Eu sou um piadista tremendo. Sou muito irreverente, muito brincalhão, e faço piada com todo tipo de coisa. Eu acho que ela, talvez, nem tenha sido uma das piores eu já fiz. Antes de uma transmissão ao vivo é normal como apresentador falar todo tipo de barbaridade, é uma piada idiota que nada tem a ver com a minha índole", afirma. "Muita gente me chamou de racista porque ficaram extremamente ofendidos com algo que não passou de uma piada. Eu não tinha a intenção de ofender ninguém", completa.
No programa, Waack ainda relembra o início da profissão nos cadernos esportivos e, aos 17 anos, entrevistando o jogador Pelé. Na conversa, ele se refere ao "Rei do Futebol" de "Negão", o seu maior ídolo.
"Não vou ficar sendo politicamente correto. Todo mundo sempre chamou o Pelé de 'Negão', era o jeito que a gente o chamava (?) Eu tenho pelo Negão, pelo Pelé, um amor. Pelo que ele é para o Brasil, pelo que ele significou para mim", disse.
Gravada no início da semana, a entrevista será exibida pela RedeTV! na noite desta sexta-feira (14), às 23h.
Relembre o caso
Um vídeo com William Waack conversando nos bastidores durante a cobertura da vitória de Donald Trump na eleição presidencial, em 2016, mostrou o jornalista xingando um motorista que passava buzinando.
"Está buzinando por quê, seu merd* do cacete? Deve ser um, com certeza, não vou nem falar de quem, eu sei quem é, sabe o que é?", disse ele, que cochicha supostamente a palavra "preto" no ouvido do entrevistado ao seu lado.
No mesmo dia que o vídeo vazou, em 8 de novembro, Waack foi afastado pela direção da TV Globo, que alegou em nota oficial. "Ao que tudo indica, [o comentário foi] de cunho racista".
Um mês depois, a Globo finalmente anunciou a rescisão do contrato com Waack, depois de um acordo entre as duas partes. No comunicado, a emissora ressaltou que não tolera "racismo em todas as suas formas e manifestações", embora o jornalista negue ter agido de forma preconceituosa.
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