Sotaque, bigodão e mais! A história por trás do que a novela não explica
"O Sétimo Guardião" completou um mês de estreia nesta semana e ainda luta para conquistar audiência. A trama de Aguinaldo Silva tem média de 29 pontos, dois a menos que sua antecessora, "Segundo Sol". Nem a polêmica sobre a autoria (ex-alunos reinvidicam crédito pela história) chamou atenção do telespectador para o que acontece em Serro Azul.
Mesmo em se tratando de uma obra de realismo fantástico, algumas pontas da história não fecham: Por que o sotaque tão forte da primeira-dama da pequena cidade? Como eles não tem sinal de internet nem de telefone?
Explicamos essas e outras questões sobre a ainda misteriosa trama.
Por que Eurico usa esse bigodão no estilo Salvador Dalí?
Seria o prefeito de Serro Azul um hipster? Qual a explicação para Dan Stulbach ostentar esse bigodão com as pontas para cima, que o deixam um misto de moderninho retrô de hoje em dia com cosplay do aclamado artista espanhol? O mais curioso é que a caracterização ainda pode ganhar mais vulto ao longo da trama, como explicou o próprio intérprete de Eurico.
"Pensei em um homem com jeito inglês, um rosto mais longilíneo e resolvi emagrecer. Depois, veio a ideia de um cavanhaque com o bigode parecido com o do Paulo Autran em 'Guerra dos Sexos'", explicou o ator.
"Achei que ficaria legal para o meu rosto e embarquei na ideia. Vou deixar crescer até o final da novela. A intenção é que ele fique gigante", diz Stulbach ao UOL na festa de lançamento da trama.
Por que só Marilda tem sotaque carregado?
A mulher do prefeito, papel de Leticia Spiller, chama atenção do público pela beleza, mas o que ainda está difícil de engolir é sua prosódia, totalmente destoante do resto do elenco. Marilda carrega no R como os nascidos na região de Piracicaba, no interior de SP, com um toque do sul de Minas Gerais e um E que lembra o de regiões do Paraná.
Leticia explicou: "Tive essa ideia [do sotaque] porque vinha assim na minha cabeça na hora que eu lia o texto". Segundo a atriz, o público tem a-do-ra-do o seu jeitinho peculiar de falar.
Por que Stella mora na casa de Mirtes, a pior sogra do mundo?
Esse mistério não tem muita explicação. Stella (Vanessa Giácomo) come o pão que o diabo amassou nas mãos da megera, interpretada por Elizabeth Savalla. Apesar de ser beata fervorosa, Mirtes parece mesmo é ter parte com o coisa ruim --suas maldades falam por si. Mesmo sabendo que Stella é alcoólatra, Mirtes a incita a beber, deixando garrafas de vinho pela casa. Sempre que possível, ela menciona o fato de a nora não poder ser mãe.
As duas travam brigas violentas - duas delas já terminaram no tapa - e ainda assim Stella e seu pacífico marido, o médico José Aranha, não saem da barra da saia da beata. Será que com o salário dele não dava para alugar uma casinha longe da maléfica?
Cadê o realismo fantástico?
Outra pergunta difícil de responder. Além da água com poderes de rejuvenescimento, do gato León, que vira gente e se transforma em gato de novo, e do surgimento de Firmina (Guida Vianna) em um redemoinho de vento, faltam elementos fantásticos à trama. A própria sinopse diz que "a pequena Serro Azul, para muitos, não passa de uma lenda". Se a cidade é berço de tantos mistérios, falta algo no estilo do Cadeirudo, de "A Indonada", ou da Mulher de Branco, de "Tieta", como lembrou o colunista do UOL Nilson Xavier.
Por que em Serro Azul ainda não há sinal de telefone nem de internet?
No primeiro capítulo, Marilda pergunta ao marido por que a cidade não tem uma antena de telefonia celular e o prefeito responde. "Porque não há dinheiro. O que a prefeitura arrecada não dá para pagar nem o funcionalismo", diz Eurico.
No entanto, quem paga para instalar uma antena em formato de aluguel são as empresas de telefonia celular. Serro Azul poderia faturar ao invés de ficar no vermelho, como diz o prefeito.
Alguém viu o casal Ypiranga e Scarlet?
Depois que o ex-prefeito de Greenville, interpretado por Paulo Betti, comandou a reforma da casa da Valentina, ele e sua mulher (Luiza Tomé) desapareceram. Será que foram sequestrados?
O casal fez sucesso em "A Indomada" há 21 anos e aclamado pelos intérpretes, pelo público e por Aguinaldo Silva foram parcialmente reconduzidos à cena. Parcialmente, porque desde o início deste mês o casal "must" não deu as caras na trama.
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