Topo

Pannunzio reafirma dúvidas em denúncias contra João de Deus após polêmica

Fábio Pannunzio é âncora do "Jornal da Band" - Reprodução
Fábio Pannunzio é âncora do "Jornal da Band" Imagem: Reprodução

Guilherme Machado

Do UOL, em São Paulo

19/12/2018 12h23

Fábio Panunzzio, âncora do "Jornal da Noite", da Band, causou polêmica nas redes sociais por conta de um questionamento que fez em relação às mais de 500 denúncias feitas contra o médium João de Deus, que foi preso nessa semana. Ele disse que via muito "trigo e joio" nos relatos e questionou a veracidade de todos eles. Agora, ele voltou a reafirmar suas dúvidas na edição do jornal da noite desta terça-feira (18).

"Na edição de ontem (17) do 'Jornal da Noite' eu fiz um comentário que rendeu muita polêmica na internet, com muitos comentários negativos. Eu disse que duvidava que mais de 500 mulheres tivessem denunciado João de Deus, ressalvando que em nenhum momento eu pretendi defender o comportamento degenerado desse senhor. Mas eu trago um dado da força da tarefa que é responsável pelas investigações. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público e da polícia de Goiás, esses 506 contatos recebidos até agora não são propriamente denúncias. Muitos deles tratam de outras questões, e não se sabe ainda exatamente que número de vítimas se apresentou às autoridades", declarou o jornalista.

Ele também ressaltou que, independente do número denúncias, a questão é grave, mas que acha o número apresentado "questionável". "Até agora seriam 45 em Goiás e 40 em São Paulo, 85 por tanto. Ainda que fossem uma, duas, ou três, essas denúncias são gravíssimas, e o comportamento dele é abominável, inaceitável. Mas arbitrar um número exagerado, principalmente questionável, não vai aumentar o tamanho da pena, nem do escândalo, e muito menos ajudar a entender como agia esse falso guru, João de Deus", concluiu o jornalista.

Na noite anterior, Pannunzio havia questionado: Você acha crível mesmo que esse homem molestou 500 mulheres? Aos 76 anos de idade? É preciso mais que hormônios para se crer numa história dessas".

O comentário dele gerou grande revolta nas redes sociais, inclusive da colega de profissão Leilane Neubarth, jornalista da GloboNews. "É difícil até dizer o que eu sinto quando ouço um comentário como este... Não sei se fico enojada, revoltada ou com pena pela total falta de informação dele", escreveu ela em seu Twitter.