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Roberta Rodrigues se emociona no "Encontro": "Sinto a dor do próximo"

Roberta Rodrigues no "Encontro" - Reprodução/Globo
Roberta Rodrigues no "Encontro" Imagem: Reprodução/Globo

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio

11/02/2019 11h27

Roberta Rodrigues se emocionou no "Encontro" desta segunda-feira (11) ao relembrar o apelo que fez na semana passada nas redes sociais pedindo ajuda pelos moradores do Vidigal, comunidade da zona sul do Rio, atingida pelo temporal que atingiu a cidade e causou desabamentos na região.

"Não estou conseguindo mais parar de chorar na vida e isso já tem um tempo. São muitas coisas que a gente tem passado, acho que os brasileiros estão cansados de sofrer. Essa dor que estou sentindo não é só pelo Vidigal, é desde o ano passado que começou toda uma turbulência, as pessoas se agredindo, a gente tem isso nas redes sociais, aí veio a questão de Brumadinho... Sinto a dor do próximo, graças a Deus, isso não é um problema", disse ela no "Encontro" desta segunda-feira (11).

A atriz contou que ficou bastante preocupada porque após a tempestade não conseguia contato com a mãe, que é moradora da comunidade. "Tentei falar com a minha mãe no dia da chuva, não consegui porque acabou a luz, todo mundo ficou sem celular, fiquei desesperada. Consegui falar com o Negueba [Jonathan Azevedo], ele começou a me mandar os vídeos e fiquei desesperada. Comecei a ter noção do que estava acontecendo. Tentei ir para o Vidigal, mas não consegui porque a Niemeyer estava fechada", explicou.

"Quando cheguei lá, vi o tamanho da destruição e não tinha nenhum órgão público prestando assistência. Na hora que gravei aquele vídeo, foi um apelo para qualquer pessoa que tivesse em casa.
As pessoas não queriam sair das casas porque aquilo é a vida delas. Me matou pensar que eu estava numa casa segura e ver tanta gente sofrendo. Queria pegar todo mundo e teletransportar para outro lugar", completou.

O apelo nas redes sociais deu resultado e Roberto recebeu inúmeras doações para os moradores do Vidigal e pretende ajudar outras comunidades do Rio de Janeiro.

"Não perdi a esperança no nosso país, mas descobri uma esperança que não está nos nossos governantes. O povo brasileiro tem que entender que a gente não pode mais esperar. Essa rede de dar as mãos e ir juntos é real. No Brasil as coisas só funcionam quando a gente se junta".