"Estou sempre tentando me reinventar", diz Fátima Bernardes
Fátima Bernardes analisou sua saída do jornalismo para o entretenimento ao conversar com Lázaro Ramos no programa "Espelho", do Canal Brasil, de hoje. A apresentadora, que deixou o "Jornal Nacional" em 2011 e comanda o "Encontro" desde junho de 2012, disse o que a fez encarar novos desafios na Globo.
"Sou uma pessoa que aparento tranquilidade, mas sempre fui extremamente inquieta, desde criança. Estou sempre tentando me reinventar, preciso dessa reinvenção. Tenho muito medo da acomodação, sempre tive, então me antecipo a ela. Se o olho parar de brilhar, não tem mais graça", afirma, justificando em seguida a transição.
"Queria continuar falando de atualidade, levando informação, mas de uma maneira mais pessoal, em que eu pudesse escolher os temas, não ficasse tão pautada pelo noticiário do dia a dia, que estava muito duro e só foi piorando. Eu estava um pouco cansada e queria continuar provocando mudanças e melhorias, mas apontando caminhos positivos de vez em quando. E levar um pouco de diversão, um pouco mais de leveza".
Aos poucos, a jornalista se soltou no palco. "Fui chegando em um formato mais próximo do entretenimento quando comecei a me sacudir ali atrás, a dançar um pouquinho. Era algo muito orgânico, natural para mim, eu dançava desde os 7 anos".
Mas houve um certo receio, superado com o tempo. "Pensei: 'como vou me comportar? Quando toca uma música não consigo ficar quieta'. Já pensou se no primeiro programa eu estivesse dançando 'Bang' com a Anitta? As pessoas iam dizer: 'quem é a Fátima?' Essa transformação tinha que ser natural, eu mesma me surpreendendo com o que podia fazer. Não podia ter pressa nem ser forçada".
Filhos
Fátima se orgulha dos trigêmeos que teve com William Bonner estarem na faculdade. "Beatriz faz design, comunicação visual, a Laura psicologia, o Vinícius engenharia da computação. Estão todos bem encaminhados. Ninguém quis fazer jornalismo, viram o sofrimento de pai e mãe, estão bem firmes no que escolheram. É muito bom quando a gente vê os filhos caminhando com as próprias pernas".
Apesar do trio ter 21 anos, a mãezona não quer nem pensar no dia que eles tiverem seu próprio canto. "Deixa todo mundo lá em casa por enquanto. Quando eles saírem, vou sentir um apertão. Por um lado ficarei mega orgulhosa, por outro pensarei: 'vou chegar não tem ninguém em casa?' Adoro casa cheia".
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