"Machismo é universal", diz Alice Wegmann sobre poligamia do pai em novela
Alice Wegmann vive a mimada Dalila, filha de Aziz (Herson Capri) e Soraia (Leticia Sabatella) em "Órfãos da Terra". Seu pai é casado com três mulheres e, uma delas, Laila (Julia Dalavia) é forçada a ficar com ele para salvar o irmão e acaba fugindo e se encantando por Jamil (Renato Góes). A atriz falou sobre o que pensa da poligamia na cultura árabe, exibida na novela de Thelma Guedes e Duca Rachid.
"Me causa estranhamento porque é muito diferente do que a gente está acostumado no Brasil. Luto muito pelo direito das mulheres aqui, acho que elas têm que ter liberdade pra fazer o que quiserem. A personagem da Laila é muito forte, não quer casar com esse homem, são questões que vão muito além, são debates infinitos, que a gente precisa começar a pensar, no mundo todo", disse a atriz ao UOL.
Militante feminista na vida real, Alice costuma combater o machismo fazendo parte de campanhas e em suas redes sociais. Em cena que foi ao ar na semana de estreia da novela, o sheik se irrita ao saber que sua primeira esposa, Soraia (Leticia Sabatella), ajudou Laila a fugir e garante que irá encontrar a noiva para consumar o casamento. "Como ousou me desobedecer?", questiona ele, que tenta agredi-la em seguida.
"O machismo é um problema universal. Aqui ainda criticam a mulher que usa short curto e salto alto, a mulher que usa burca lá, tem países que as mulheres são obrigadas, outros que as mulheres podem escolher, isso tem que ser analisado individualmente. A misoginia, o machismo tem que ser combatido em todos os lugares do mundo", analisa.
Na história, Dalila ainda se apaixonará por Jamil e será capaz de tudo para se vingar e separá-lo de Laila, sua grande paixão.
"Em algum lugar, a Dalila é uma mulher empoderada, mas ela faz mau uso do poder dela, ela acaba prejudicando todos os que estão ao redor dela. Ela não tem empatia, sororidade, ela é uma pessoa muito autoritária", explica.
Alice admite que estranhou o convite para viver uma personagem libanesa em "Órfãos da Terra" e até pensou em recuar.
"É muito legal quando a gente adentra num universo que a gente não conhece. Não sabia se eu tinha a ver com o perfil da personagem e não conhecia muito da cultura árabe. Se já foi difícil pra mim fazer a Maria, uma nordestina, em 'Onde Nascem os Fortes", como vou fazer a Dalila, que é uma muçulmana que vive em Londres? Está sendo um desafio, mas é muito engrandecedor, é isso que me dá brilho nos olhos na ficção".
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