Band não faz proposta de acordo em audiência com ex-panicat Carol Dias

A Band não apresentou proposta de acordo, e não levou testemunhas, na audiência de conciliação com a ex-panicat Carol Dias, que afirma ter sofrido assédio moral e sexual na época em que trabalhava na emissora. A audiência ocorreu hoje no fórum trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, em São Paulo.

"O processo corre em segredo de justiça. Foi determinada a perícia médica para apreciar o estado de saúde da autora, sendo marcada uma nova audiência para serem ouvidas as testemunhas para agosto", contou Vitor Kupper, advogado de Carol Dias.

Segundo o advogado, há provas documentais que ela continua em tratamento por conta do abalo psicológico sofrido no ambiente de trabalho. A modelo afirma que segue com tratamentos psicológicos e psiquiátricos com uso de medicação.

No final de março, a ex-panicat relembrou sua experiência no programa "Pânico na Band", extinto em 2017, em entrevista ao programa "Fofocalizando", ela afirmou que foi assediada moralmente e sexualmente.

"Os últimos dois anos eu pedi para reverem o meu papel [no programa] e nunca fui atendida. Uma vez fui gravar com um diretor de externa. Uma menina me perguntou: 'Você namora?'. O diretor falou: 'Ela não namora, ela tem cliente'. É humilhante. Saí chorando da gravação. Eu estava cheinha e tive que escutar de uma diretora: 'Cartão vermelho pra você, você está gorda'".

A Band é o único réu no processo porque era a única empregadora de Carol. A ex-panicat, que atualmente é coach de emagrecimento e tem mais de 5 milhões de seguidores no Instagram, afirma ter três testemunhas disponíveis para o caso: um maquiador, um dos câmeras do programa e uma terceira não revelada.

Além de Carol Dias, Kupper é o advogado representante de 30 processos movidos por ex-integrantes do "Pânico", que incluem: o ex-diretor Alan Rapp, cabeleireiros, figurinistas, produtores e maquiadores.

O UOL procurou a assessoria da Band, mas não houve retorno até o momento.