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"Humor tem que ser oposição", diz Gustavo Mendes, imitador de Dilma

O humorista Gustavo Mendes no "Conversa com Bial" - Reprodução/Globo
O humorista Gustavo Mendes no "Conversa com Bial" Imagem: Reprodução/Globo

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

25/04/2019 07h30

Gustavo Mendes, ator e humorista que ganhou fama imitando a ex-presidente Dilma Rousseff, falou sobre a relação entre humor e política no "Conversa com Bial" de quarta-feira (24). A briga com a balança - ele emagreceu após uma cirurgia bariátrica - também foi assunto.

"As pessoas confundiram muito na época da polarização, apanhei dos dois lados. Quem era contra a Dilma achava que eu era a favor, e quem era a favor, achava que eu era contra. O humor é sempre oposição, tem sempre que ser oposição, ainda que meu viés ideológico seja de posição. Tenho que me forçar para ser oposição, porque isso é humor, é escancarar, dar outro ponto de vista, fazer graça com aquilo", explica.

"Durante os seis anos do governo Dilma, eu fazia imitação como oposição ao governo, mostrando os erros que foram vários e infinitos. Quando veio o golpe, e cada um acha o que quiser, ela sai da presidência e eu me coloco contra o Impeachment. Temos um novo presidente [Michel Temer] e eu novamente faço um humor de oposição. Agora com o atual presidente [Jair Bolsonaro], ele faz oposição a si mesmo e eu só dou risada daquilo que ele já me entrega pronto, das piadas dele", diverte-se.

Mendes falou de sua nova forma físíca. "Emagreci 46 kg. Quando fiz a bariátrica estava com 112 Kg, tenho 1,75m de altura. Cansei de ser talentoso, quero ser gostoso". Ele admite que era compulsivo. "Compulsão não tem cura, você troca. Primeiro era por compra, depois por bebida. Bebia muito, ia morrer. Nada exagerado faz bem, e realmente eu estava bebendo muito. Troquei pela comida, engordei muito. Não era gordo, era barrigudo. Agora foi pro Rivotril, com psiquiatra acompanhando".