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Após 5 anos, Tania Oliveira não é mais madrinha da Dragões: "Por telefone"

Tania Oliveira como madrinha de bateria da Dragões da Real no Carnaval de 2019 - Iwi Onodera/UOL
Tania Oliveira como madrinha de bateria da Dragões da Real no Carnaval de 2019 Imagem: Iwi Onodera/UOL

Thaís Sant'Anna

Colaboração para o UOL

29/05/2019 11h03

Tania Oliveira não é mais madrinha de bateria da Dragões da Real, escola de samba de São Paulo. O anúncio foi feito pela ex-panicat no Instagram, que contou que encerrou vários ciclos em sua vida recentemente e que recebeu a notícia por telefone.

"Terminei um longo relacionamento, fechei minha academia, me mudei para Mogi das Cruzes, iniciei um programa na Rádio Trans, que eu tanto queria... E, por telefone, a diretoria da Dragões da Real, manda avisar que meu ciclo nessa importante agremiação chegou ao fim", disse ela.

Tania assumiu que o ritmo nas quadras da Dragões já havia diminuído desde que descobriu -- e se curou -- de um câncer na tiroide em 2016.

"Passei o carnaval de 2017 tentando esquecer que já precisaria ter operado, mas não queria ficar de fora dessa festa que tanto amo desde que me conheço por gente! E com permissão médica para adiar minha cirurgia para retirada do tumor, aproveitei e muito o carnaval mais feliz da minha vida até hoje, o de 2017. De forma alguma estou me vitimizando, que fique bem claro. Acontece que a Tânia que eu conhecia deixou de existir e uma nova apareceu em 03/04/2017, quando o primeiro passo para me livrar da doença foi dado, a cirurgia. Esta doença é um divisor de águas, minha disposição mudou, minha imunidade, mudou também minha forma cuidar da minha saúde, que não era prioridade (olha, que absurdo... não há nada mais valioso que nossa saúde)", explicou.

Tânia lamentou não poder se despedir dos membros da escola pessoalmente e agradeceu a Dragões.

"Continuarei voando pelo Carnaval -- festa que eu amo de paixão --, mas não mais nas asas de um dragão! Valeu, Dragões! Vem, carnaval 2020, vigésimo carnaval da minha vida, que seja lindo!", disse.

Quando a sirene tocar, será o início de um novo tempo! A vida é feita de ciclos e todo ciclo tem começo, meio e fim, claro. Ultimamente tenho terminado / iniciado alguns desses ciclos. Terminei um longo relacionamento, fechei minha academia, me mudei para Mogi das Cruzes, iniciei um programa na Rádio Trans, que eu tanto queria... E por telefone, a diretoria da Dragões da Real, manda avisar que meu ciclo nessa importante agremiação chegou ao fim. Realmente, de fato, eu já vinha desacelerando meu ritmo... Do final de 2016 para cá estive um pouco ausente sim. Foi quando descobri um câncer e minha vida começou a mudar completamente. Passei o carnaval de 2017 tentando esquecer que já precisaria ter operado, mas não queria ficar de fora dessa festa que tanto amo desde que me conheço por gente! E com permissão médica para adiar minha cirurgia para retirada do tumor, aproveitei e MUITO o carnaval mais feliz da minha vida até hoje, o de 2017. De forma alguma estou me vitimizando, que fique bem claro. Acontece que a Tânia que eu conhecia deixou de existir e uma nova apareceu em 03/04/2017, quando o prim eiro passo para me livrar da doença foi dado, a cirurgia. E essa nova Tânia está com uma enorme vontade de viver, de se sentir mais viva do que nunca, de ser valorizada (e se valorizar tb, se amar), afinal, GANHEI UMA VIDA NOVA, E LUTO POR ELA TODOS OS DIAS. A vida é nosso maior presente, é clichê, mas muitas vezes precisamos de um "susto" para valorizar. Esta doença é um divisor de águas, minha disposição mudou, minha imunidade, mudou também minha forma cuidar da minha saúde, que não era prioridade (olha q absurdo... não há nada mais valioso que nossa saúde). Acredito que a vida também mudou para a maioria das pessoas que passam pela experiência de sentir na pele o "peso" dessa doença, mas a usei como grande oportunidade de crescimento pessoal, interior, familiar, emocional, profissional, enfim. Alguns amigos próximos disseram que o carnaval 2017 foi minha "quimioterapia", me aliviou dores, me fez feliz quando era pra eu estar deprimida e introspectiva. Foi muito legal fazer parte desse time, desta família de gente feliz por 5 anos. (Continua nos comentários)

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