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Gentili pergunta a Bolsonaro: "O senhor descobriu o que é golden shower?"

Jonathan Pereira

Colaboração para o UOL

31/05/2019 08h13

Danilo Gentili recebeu o presidente Jair Bolsonaro no "The Noite" de ontem e aproveitou para lembrar o polêmico tweet do Carnaval deste ano. A dúvida do presidente -- o que é golden shower? --, lançada na rede social após a publicação de um polêmico vídeo da prática, repercutiu no Brasil e no mundo.

"É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro", criticou Bolsonaro, no dia seguinte, amenizando o tom em uma nota oficial. Gentili quis saber e perguntou ao presidente: "O senhor descobriu o que é golden shower?".

Bolsonaro riu e desconversou. "Ainda não sei o que é isso não, não quero saber. Estou meio velho para isso".

O apresentador insistiu ao saber que um assessor também tem a senha das redes sociais. "O golden shower, quem queria saber? Foi você que falou: 'vem cá, pergunta o que é golden shower'?". "Confesso que passei meio batido nessa, deixa para lá", respondeu. Golden shower, ou "chuva dourada", é um termo em inglês usado para denominar a prática sexual com uso de urina.

Sobre as polêmicas do passado, o presidente afirma que não mudou. "Hoje não posso ficar à vontade mais para responder certas perguntas, tudo o que eu falo dá repercussão. Mas continuo a mesma pessoa".

"EBC é um grande peso"

Danilo Gentili questionou o presidente Jair Bolsonaro sobre a promessa de extinguir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A estatal unificou a programação da TV Brasil e da NBR, criando a Nova TV Brasil, mas ainda continua existindo.

"Está decidida essa questão. Mais de 80% dos funcionários são concursados, o que fazer com esse pessoal? Um número enorme que partiu para essa linha por interesse de governos anteriores. Tem que extinguir aquilo lá e realocar para eles continuarem", analisa.

De acordo com o presidente, o plano de extingui-la "continua, interessa para a gente. A EBC como um todo é um grande peso para todos nós. Mesmo sendo privatizada ou extinta, vai continuar pesando devido à quantidade enorme de mais de 2 mil funcionários concursados".

Para ele, "não dá, tem que ter um pequeno núcleo da Secom, Secretaria de Comunicações, com uma dezena de funcionários para te atender no dia a dia, quando vai fazer uma convocação em rede nacional, uma viagem, umas imagens".