João Carlos Barroso era generoso e sensacional, diz autora de última novela
A atriz Suzana Pires escreveu a última novela de João Carlos Barroso, Sol Nascente (2016), em que interpretou o delegado Mesquita. Ela recebeu com tristeza a notícia da morte do ator, aos 69 anos, após lutar contra um câncer.
Ao UOL, a artista destacou a generosidade do colega na primeira novela assinada por ela, em parceria com Walther Negrão e Júlio Fischer.
"Um ator sensacional e uma pessoa muito generosa. Foi maravilhoso escrever para ele em Sol Nascente. Lamento muito o falecimento do Barrosinho. Muito mesmo", afirmou Suzana Pires.
Barroso fez nome na Globo e esteve em novelas consagradas da emissora, como Roque Santeiro, O Bem Amado e Estúpido Cupido, e em humorísticos como Zorra Total e Trapalhões. Ele também atuou como dublador, como quando deu voz a Arthur no filme A Espada Era Lei.
O último papel de Barroso na TV foi como o delegado Mesquita na novela Sol Nascente, em 2016 e 2017. Ele não era mais contratado da emissora.
A sobrinha Ghis Lima, filha de irmão de João, afirmou ao UOL que a morte aconteceu às 19h de ontem: "Meu tio era a pessoa mais maravilhosa do mundo, sempre muito generoso e carinhoso, se dedicou à família em primeiro lugar."
Em post, Ghis lamentou: "Tio,acho que nessa foto foi a última vez que nos vimos. Perdemos muito o contato, mas eu sempre pedia notícias suas pro papai. E ele te contou que você ganhou uma sobrinha-neta que eu queria que você tivesse conhecido mas não deu tempo. Descansa em paz meu querido tio João", postou ela, no Instagram.
Outra sobrinha, Guiga, escreveu: "Descanse em paz tio querido! Pessoa mais bondosa e carinhosa que já conheci, tanto amor pela família que não cabia em você, você sempre se preocupou antes com os outros e com você por último né?", disse ela. "Tão carismático, mas tão tímido, tinha vergonha de andar por aí pois toda hora era parado por algum fã (risos) e ficava todo vermelho! Tão querido, um artista exemplar que é raro de se ver hoje em dia."
João nasceu em 1950, no Rio de Janeiro e cresceu como um garoto que sonhava jogar futebol. Em 1961, com cerca de 11 anos, foi abordado por uma equipe de argentinos para fazer um teste para um filme que começariam a rodar, fez um teste e passou. Assim, esteve em Pedro e Paulo, ao lado de nomes como Jardel Filho, Francisco Cuoco, Jece Valadão e outros. Os primeiros papéis renderam prêmios como ator revelação.
Passou a participar de programas na TV Tupi, TV Rio, TV Continental e TV Excelsior e no Grande Teatro Infantil. Na década de 1970, já na TV Globo, participou da última novela em preto e branco (Estúpido Cupido) e da primeira a cores, quando foi filho de Lima Duarte, o Eustórgio, em O Bem Amado. Ele foi o Toninho Jiló em Roque Santeiro.
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