Renato Aragão se despede de João Carlos Barroso: "O céu está em festa"
O humorista e apresentador Renato Aragão homenageou João Carlos Barroso, que morreu aos 69 anos vítima de um câncer. A pedido do UOL, o eterno Didi enviou um depoimento em que cita o talento e a grandiosidade do ator com quem ele trabalhou em filmes e no humorístico de Os Trapalhões na televisão.
"O João Carlos Barroso era a personificação do eterno menino. Sempre alegre. Com seu talento grandioso deixou marcas profundas na dramaturgia brasileira. Desempenhou com maestria a arte de encantar o público dando vida a personagens que jamais serão esquecidos. O céu está em festa", disse Aragão.
Além dos Trapalhões, os dois também trabalharam juntos no programa A Turma do Didi, em 1998. Foi após o programa que Barroso entrou para o Zorra Total, em 1999, outra atração de humor que o consagrou na televisão.
Ele ainda dedicou a carreira à novelas, sendo reconhecido por personagens marcantes que deu vida em novelas da Globo como Roque Santeiro, O Bem Amado e Estúpido Cupido. Barroso também atuou como dublador, como quando deu voz a Arthur no filme A Espada Era Lei.
O último papel de Barroso na TV foi como o delegado Mesquita na novela Sol Nascente, em 2016 e 2017. Ele não era mais contratado da emissora.
A sobrinha Ghis Lima, filha de irmão de João, afirmou ao UOL que a morte aconteceu às 19h de ontem: "Meu tio era a pessoa mais maravilhosa do mundo, sempre muito generoso e carinhoso, se dedicou à família em primeiro lugar."
O sucesso ainda na infância
João nasceu em 1950, no Rio de Janeiro, e cresceu como um garoto que sonhava jogar futebol. Em 1961, com cerca de 11 anos, foi abordado por uma equipe de argentinos para realizar um teste para um filme, que ele fez e passou.
Assim, esteve em Pedro e Paulo, ao lado de nomes como Jardel Filho, Francisco Cuoco, Jece Valadão, entre outros. Os primeiros papéis renderam prêmios como ator revelação.
Passou a participar de programas na TV Tupi, TV Rio, TV Continental e TV Excelsior e no Grande Teatro Infantil. Na década de 1970, já na TV Globo, participou da última novela em preto e branco (Estúpido Cupido) e da primeira a cores, quando foi filho de Lima Duarte, o Eustórgio, em O Bem Amado. Ele foi o Toninho Jiló em Roque Santeiro.
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