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Sucesso na TV e no cinema, Paulinho Gogó ri até do próprio sequestro

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

16/08/2019 15h19

Maurício Manfrini vive a melhor fase da carreira. Líder de audiência no SBT, onde há 15 anos interpreta o malandro Paulinho Gogó em A Praça É Nossa, também bateu recorde na Globo com Os Farofeiros, terceira maior bilheteria nacional de 2018 (2,6 milhões de espectadores). Na Tela Quente, superou a Marvel e marcou 28 pontos, com picos de 33 (mais de 2,4 milhões de domicílios na Grande São Paulo). Foi o filme mais visto na emissora em 2019.

"Ratinho está até hoje sem falar comigo", brinca Manfrini sobre a "guerra" por audiência com o colega do SBT. Disputado também na TV paga, onde protagoniza a série O Dono do Lar no Multishow, o humorista planeja um filme por ano. Em março de 2020, levará a história de Paulinho Gogó aos cinemas e rodará Os Farofeiros 2.

"Chegamos à conclusão de lançar um filme por ano. Com isso, tive que recusar propostas do cineasta Alê Machado e do humorista Gigante Léo. Não pude aceitar, mas agradeço aos dois pelos convites", diz o humorista.

Manfrini é o autêntico boa-praça. Aprendeu com o pai, seu Lúcio, a ter bom relacionamento com todas as pessoas. É a única política que deseja praticar. O humorista de 49 anos, "ídolo" até do presidente Jair Bolsonaro, rejeita qualquer convite para se candidatar. Entretanto, se preocupa com os problemas do país, principalmente a violência. Em 2016, sofreu um sequestro que o fez repensar a vida: trocou a cidade por um sítio e cogitou deixar o Brasil.

É muito confuso para mim. Eu fico tentando analisar e ver da melhor maneira possível, mas não consigo ver uma saída. Não consigo ver uma esperança de mudar a situação do país.

Em entrevista ao UOL, Maurício Manfrini conta fatos verídicos de sua vida (diferentemente dos "fatos venérios" de Paulinho Gogó): lembra seu amadurecimento forçado a partir dos 11 anos, após a morte da mãe, fala de política e comenta sua relação respeitosa com Carlos Alberto de Nóbrega.