Fagundes elogia atuação de Grazi em Bom Sucesso: "Está no auge da carreira"
Antonio Fagundes interpreta Alberto em Bom Sucesso, novela das sete da Globo, e, depois ter seus exames trocados com Paloma (Grazi Massafera), acabou se aproximando da costureira após receber o diagnóstico de uma doença terminal e os dois iniciaram uma bela amizade.
Com 14 anos de carreira, Grazi já falou em entrevistas anteriores que enfrentou preconceito de atores veteranos no início por ser uma ex-BBB. No ar em Bom Sucesso, a atriz está "vibrando pela primeira vez a energia do merecimento", feliz com a parceria em cena com Fagundes e admitiu que passou uma noite em claro por conta da ansiedade no dia que gravou uma cena com um texto longo com ele.
O carinho é recíproco do veterano, com 50 anos de carreira e mais de 30 novelas no currículo. "Estou adorando a Grazi Massafera. Ela é uma pessoa muito querida, muito simpática, muito agradável, bem humorada e uma atriz de mão cheia. Ela está no auge da carreira dela. Acho que vai crescer ainda, muito mais. Está aproveitando cada segundo que o personagem permite com sabedoria e é um prazer, realmente, trabalhar com ela".
Fagundes lembra que já tinha se cruzado com Grazi em Negócios da China (2008), mas em núcleos diferentes. "Às vezes você passa uma novela inteira sem nem ver no corredor. Foi meu caso com a Grazi em uma novela que fizemos juntos, e agora estou tendo o prazer dela estar no mesmo cenário que eu, então está sendo ótimo".
Importância da leitura
Editor de livros em Bom Sucesso e amante da literatura na vida real, o ator destaca a importância de uma novela incentivar a leitura em um momento de desmanche da cultura.
"As nossas novelas são muito bem estruturadas. Se você comparar as nossas novelas com quaisquer outras da Turquia, do México, da Venezuela, você vê que nossas são muito elaboradas dramaturgicamente. Isso quer dizer que a gente cresceu e incluiu na nossa dramaturgia temas que as outras novelas muitas vezes não ousam incluir, como problemas sociais, problemas políticos, homossexualidade.", observa.
"A gente discute não só problemas familiares, mas também problemas sociais. Numa época em que a cultura está sendo desmanchada, uma reação interessante por parte da população que não concorda com esse desmanche seria assumir que a leitura é uma coisa importante e a educação também".
Fagundes comemora a feliz coincidência de fazer um personagem que fala de um amor da sua vida, que é a leitura. "Realmente gosto muito de ler, e o Alberto também tem esse lado bonito nele. E, ao mesmo tempo, quem sabe a gente estimula parte do público espectador a arriscar um livrinho, né? Existe uma pesquisa feita pela Fecomércio anos atrás, que constatou que mais de 80% da população brasileira jamais leu um único livro na vida. Isso é horrível!", comenta.
"Dos 20% que sobraram, a média de leitura é de um livro por ano. Isso quer dizer que, em 30 anos, ele não lê nem um Jorge Amado. É um problema grave, a leitura é uma experiência tão fantástica, e os autores [Paulo Halm e Rosane Svartman] têm conseguido passar isso muito bem na novela", conclui.
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