Cris Dias fala em liberdade com saída da Globo: "Pegada mais íntima"
Cris Dias é a mais nova youtuber vinda da televisão. A jornalista estreou o canal Dias de Cris na plataforma digital e promete mostrar sua intimidade ao lado do namorado, Caio Paduan, para os internautas.
"Além das viagens e esportes, terá entrevistas com diferentes personalidades e o dia meu e do Caio, com uma pegada mais íntima. Vamos dar dicas, mostrar a nossa bicharada e coisas interessantes do casal para compartilhar", explica.
Ao UOL, ela também revelou que pretende usar sua liberdade comercial pós-saída da Globo para faturar na web. Antes, a ex-repórter do Esporte Espetacular era proibida, por contrato, de fazer publipost (anúncio de marcas e produtos pagos no Instagram), gerar conteúdo para internet e emprestar sua imagem para publicidade.
"Já fiz uma campanha com o Caio, posei para uma marca de jeans. Está sendo engraçado para mim. Já rolaram algumas coisas. Essa liberdade comercial conta muito. Além de poder tocar o conteúdo que quero, com a linguagem desejada. Não conseguiria tendo contrato com uma emissora", justifica.
Cris afirma que já estava preparada para a não-renovação do seu contrato com a Globo. A jornalista passou 13 anos no canal, atuando em diferentes atrações até ser desligada, em 2019.
"Não me pegou de surpresa, porque já estava ligada na movimentação. Desde antes de sair, queria fazer algo mais autoral, falar de outros assuntos, sem ser esporte. Na verdade, a minha saída me motivou a fazer o que estava querendo", acredita.
A apresentadora conta que já tem um bom conteúdo gravado. Cris produziu tudo sozinha, sob a direção de Caio.
"Entrevistei o melhor do Brasil no kitesurfe, o Reno Romeu. Quero fazer sobre o futebol feminino. Sempre vai ter umas mulheres para mostrar o empoderamento feminino. Caio vai estrear a resenha comigo. Vai render", adianta.
Descriminalização da maconha
A jornalista usará o espaço virtual para também discutir assuntos polêmicos. No início do ano, ela foi alvo de críticas ao postar uma foto sua deitada em uma plantação de maconha, na Jamaica, em uma viagem romântica com o amado.
"Tive que deletar a foto. Isso é um absurdo. Não tem nada demais. Depois, repostei a imagem em preto e branco e escrevi um texto sobre a tolerância, a ignorância, o preconceito. Falei de Bob Marley, que a mensagem dele era de respeito, de amor, que está faltando nas pessoas", defende.
Cris faz questão de deixar claro que não faz apologia, mas defende a descriminalização da erva, usada também em tratamentos medicinais. "A maconha é uma droga que salva vidas. Isso não acontece com cerveja e outras drogas lícitas. Aqui no Brasil é muito difícil as pessoas abrirem a cabeça e começam a usar termos pejorativos. Dizem: 'Ah, lá vai a maconheira'", lamenta.
Com fama de brava, a jornalista evita discussões com haters. Com o tempo, Cris aprendeu a ignorar comentários maldosos. "As pessoas perdem a linha se escondem do outro lado da tela para destilar todo o veneno, recalque, ódio e toda a inveja. Realmente é pesado, mas a gente se acostuma com isso", pondera.
Ela está aberta a ouvir críticas, desde que sejam construtivas, e manterá um canal aberto com o público para sugestões de pautas. "Uma das grandes vantagens da internet é você poder estreitar esse laço com as pessoas que estão assistindo. Quero ouvir também. Sou jornalista e quero ter esse viés de utilidade pública", conclui.
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