Gentil rebate ideia de guerra de audiência nas tardes: "Não somos inimigos"
Empolgada e ansiosa. Foi assim que Fernanda Gentil se definiu no lançamento de Se Joga, programa diário que vai comandar ao lado de Érico Brás e Fabiana Karla todas as tardes na Globo, após o Jornal Hoje, a partir do dia 30 de setembro.
Desde o início do ano a ex-apresentadora do Globo esporte se preparava para a transição para o entretenimento.
"Fechei um ciclo legal em janeiro. Foi doloroso, delicado. Foram dez anos, o que sempre quis da minha vida. A gente tem que fechar ciclos. Sou movida a desafios e chegou momento de 'e aí?'. Aí apareceu a oportunidade do entretenimento, mas isso é completamente diferente do que já fiz", falou Gentil para a imprensa nos Estúdios Globo, na zona oeste do Rio.
O programa vai ser um mix de games com o elenco da casa, interatividade com plateia e redes sociais e a pimenta que arde em todos as atrações vespertinas da TV aberta: fofocas de famosos.
"A fofoca não tem pré-requisito nenhum. Sendo de interesse do público vamos falar, no formato nosso. Nos preocupamos em ser um programa tecnológico, didático, moderno, simples e a fofoca entrou nesse parâmetro do programa", explicou a jornalista.
Os temas também serão tratados com os "alvos" da fofoca, afirmou Gentil.
"Se a gente quer humanizar o programa também passa por isso. Estamos tratando de pessoas, muitas delas colegas nossos daqui. Vai ser muito na medida das coisas do dia a dia. Bom senso é o termo daqui. Vamos falar de fofoca, que até é uma palavra que a gente não gosta, que normalmente vai para lado negativo. Vamos falar da vida dos artistas e o limite somos nós e eles que vamos dar. O que falar, entender, conversar antes. Queremos que esse programa seja também um refúgio deles."
Para entenderem o que o público queria ver, Gentil e toda a equipe pesquisaram e entre as fontes da pesquisa estavam os programas da tarde, que travam guerras diárias pela audiência do horário, como a Hora da Venenosa, no Balanço Geral da Record, Fofocalizando no SBT, entre outros.
"Tem saído na mídia muito fake News e caça cliques, queremos quebrar protocolo no sentido de mudar essa linguagem, não falar de guerra, não falar de concorrência. Quem tem que ganhar é o telespectador. Sempre vão ter programas concorrentes, não somos inimigos, não somos adversários. Se cada um fizer bem seu ganha quem está em casa. Não é guerra, torço para que eles entreguem. Óbvio que vimos o que passa nesse horário, esse programa nasce muito da demanda do público. Olhamos para as pesquisas e a prioridade foi o que o público quer receber."
Emoção na virada de chave
Gentil se emocionou em uma das entrevistas mais próximas aos jornalistas quando falou sobre ela chama de virada de chave na carreira. Com voz trêmula para segurar o choro ela falou do momento.
"Foi muito delicado porque é isso, era um sonho que tinha, trabalhei a vida toda para fazer esporte e passa aquele filme na cabeça. Fiquei em dilema, 'será que estou traindo minhas raízes, negando o que sempre quis?'. Mas entendi, na terapia, que não, são ciclos. Foi legal, três copas, duas olimpíadas, dez anos. No meu dilema só eu sei o que fiz. A gente jornalista sabe como é difícil chegar lá, mas foi necessário [mudar], tinha inquietação em mim", contou a jornalista que pediu desculpas pela emoção.
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