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Juliano Cazarré discute com internautas após defender masculinidade em post

Juliano Cazarré  - João Cotta/Globo
Juliano Cazarré Imagem: João Cotta/Globo

Do UOL, em São Paulo

03/11/2019 18h22

Juliano Cazarré foi criticado neste fim de semana no Instagram após sair em defesa de um ideal de masculinidade. O ator discutiu duramente com seguidores e afirmou que meninos que crescem sem a presença do pai perdem nesse quesito, já que a mãe é incapaz de ensinar o que é ser masculino.

"A masculinidade é uma construção social... Só que não! PROVER E PROTEGER: a masculinidade faz do mundo um lugar mais seguro. PS1: Quem tem um pai legal sabe. PS2: Esse gorila é mais cavalheiro do que muito homem por aí... dorme com esse barulho", escreveu ele, no post que originou a situação.

Apesar de também ter ganhado vários elogios de seguidores, o ator foi alvo de muitas críticas pela forma de pensar, considerada machista e retrógrada por internautas.

Uma delas escreveu que "a crítica à masculinidade frágil não diz respeito à força, à natureza... Ninguém critica o homem que cuida da sua família. O que se critica é a construção de que o homem não pode sofrer, não pode chorar".

Cazarré discute com internauta - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Cazarré discute com internauta
Imagem: Reprodução/Instagram

Ele então rebateu a acusando de estar contaminada por tendências ideológicas, já que masculinidade "não é construção social". "Quando qualquer coisa é motivo para a pessoa descarregar seu discurso ideológico. Parabéns. A lavagem cerebral que você sofreu foi completada com sucesso."

As discussões continuaram e, em uma das respostas, o ator escreveu ser "prejudicial para os meninos crescer sem uma figura masculina. Mães solteiras são heroínas, mas dificilmente saberão transmitir os valores da masculinidade".

"Que decepção. Quando uma mulher é solteira é porque um homem cheio de masculinidade não assumiu a consequência dos seus atos e nem as suas responsabilidades", disse uma seguidora. Aos poucos, Juliano Cazarré começou a perder a paciência.

Sem paciência

Houve quem lembrasse do exemplo do futebol. "Durante a última Copa, seis dos 11 titulares da seleção brasileira não tinham registro de paternidade. Boa sorte tentando sustentar essa narrativa de que apenas a figura paterna é capaz de transmitir padrões de comportamentos masculinos", escreveu um seguidor.

"Por isso que eles caíram de bunda no chão e enfiavam a cabeça na camisa para chorar. Obrigado por provar meu argumento", retrucou Cazarré, que foi chamado de preconceituoso e de homem pouco evoluído, ao contrário do papa Francisco, conhecido por pregar ideias tidas como progressistas,

"O lixeiro já passou na sua rua? Era um homem ou uma mulher no caminhão?", ainda disse ele em réplica a uma seguidora que escreveu que "se depender dos homens, o mundo cai".