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Yudi Tamashiro lembra noitadas na adolescência: "Três dias sem dormir"

Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

05/11/2019 06h38

Yudi Tamashiro abriu o jogo sobre suas noitadas da adolescência na edição de ontem do Superpop, da RedeTV!. O apresentador, que saía à noite e ainda apresentava logo cedo o Bom Dia & Cia no SBT, conta que ficava dias sem dormir.

"Droga eu nunca me envolvi, não tive curiosidade e nunca gostei, até porque a minha turma, do sertanejo, não usava droga, gostava de beber. Como eu trabalhava muito, o tempo que eu tinha, tinha que aproveitar. Tenho das 23h às 5h, é o tempo que tenho para ficar louco e arregaçar tudo", recorda.

"Com 17, 18 anos, está com pique. Ficava três dias virado direto, e sem droga, era só bebida. Melhorava e ia de novo. Saía da balada, pegava as meninas e levava para minha casa. Deixava elas dormindo, voltava do programa, elas estavam na sala e eu: 'qual seu nome mesmo, menina?'. Eu sem dormir e a gente saía de novo", continua.

"A minha mãe ficava louca. Ela não tinha mais controle, dizia 'o que vai ser do meu filho?'. Ela dizia: 'esse caminho não vai ter volta, uma hora tudo isso vai passar e a casa vai cair para você'. Deus me livrou de várias coisas", disse, recordando que passava mal nos bastidores do programa infantil.

"Eu vomitava, cheguei num nível que chamava o desenho e corria pro banheiro para vomitar. Vi a minha vida indo pro ralo", reconhece. Apesar de não estar bem, Yudi afirma que não despertava desconfianças. "Pouca gente via, ninguém sabia o que eu ia fazer no banheiro. Eu voltava normal, isso é o mais impressionante".

Aos 27 anos, ele diz como lidou com a fase. "Essas coisas mexiam um pouco comigo. Não me arrependo pois tudo o que vivi foi um forte testemunho e tudo o que eu passei serviu de exemplo para outros jovens. Tudo aquilo era uma forma de eu buscar uma felicidade por tanta cobrança, esforço e responsabilidade. Meus pais largaram os empregos para viver a minha vida, eu precisava deles do meu lado. Eu sentia que tinha uma grande responsabilidade", desabafa.

"Meus pais diziam: 'você está aguentando? Se não, você pode largar tudo isso'. Eu falava 'esse é meu sonho'. Vim de uma família humilde, da comunidade, em São Vicente [litoral de SP], sabia que aquela era a oportunidade da minha vida. Eu bebia, ficava louco e achava que estava vivendo. Hoje eu sei o que faço e o que quero do meu futuro. Antes eu só queria amenizar a dor que eu sentia. Tudo isso serviu para eu evoluir", analisa Yudi.