"A gente não pode virar refém da maternidade", diz Isis Valverde
Resumo da notícia
- Isis Valverde voltará ao ar em Amor de Mãe, próxima novela das 21h, após dar à luz Rael
- A atriz afirma ser difícil voltar a gravar, mas diz que mulheres não podem ser reféns da maternidade
- Isis, que viverá a enfermeira Betina, afirma que virar mãe tem influenciando na concepção do seu papel
Isis Valverde está de volta ao horário nobre após sua licença-maternidade. Mãe de primeira viagem, a atriz, que vive a enfermeira Betina na próxima novela das 21h, Amor de Mãe, tem vivido seu próprio drama real ao ter que deixar o filho Rael para ir trabalhar.
"Mudou todo o sentimento em relação ao trabalho. Às vezes, você não quer ir. Queria ficar com o filho, aí ele chora. Mas tento explicar para ele que a mamãe vai trabalhar, mas volta. Quando volto, o Rael está dormindo e isso acaba comigo. Mas é algo que eu tenho que exercitar em mim. A gente não pode virar refém da maternidade", disse a atriz ao UOL.
Isis defende o direito de a mulher escolher quando ela se sente pronta para deixar de se dedicar exclusivamente ao bebê. O menino, que está com 11 meses, foi amamentado até os seis.
"Cada mulher tem seu tempo. Me dediquei ao meu filho ao máximo e parei de trabalhar mesmo. Mas preciso voltar ao batente. Tem que fazer a criança se adaptar a sua rotina", diz.
A atriz já adaptou sua rotina de mãe às longas horas de gravações diárias da trama de Manuela Dias. Todo dia ela toma café da manhã com Rael e o deixa com pai, André Resende, para seguir aos Estúdios Globo.
"Tenho que sair correndo. Às vezes, dói o coração, mas faz parte. Se eu abdicar da minha vida profissional, vou acabar infeliz. Tento conciliar, mesmo que doa um pouquinho no início", pondera.
A atriz diz que a maternidade mudou completamente sua maneira de ver o mundo, influenciando até na concepção do seu papel.
"Interpretar uma filha hoje é muito mais intenso que antes da maternidade. A partir do momento que dei à luz, passei a olhar para minha mãe de uma forma totalmente diferente. O amor triplicou. Passei a entender todo o amor que ela sente por mim e a respeitá-la ainda mais como mulher", confessa.
Filho com pé no chão
Isis afirma criar o filho da mesma forma que foi criada por sua mãe, Rosalba Nable. Nascida em Aiuroca, no interior de Minas Gerais, ela cresceu brincando no mato e de forma simples.
"Crio meu filho com pé no chão, porque fui criada assim. Pode colocar a mão no cachorro, brincar na grama. Isso é muito bom sensorialmente falando. Sou uma mãe moderna. Ele não é uma criança cheia de não me toque. A única coisa que fico mais preocupada são com os horários de comer dele. Criança tem que se alimentar bem para ser saudável", justifica.
Mãe prática
A atriz não deixa de fazer nenhum programa de lazer por conta de Rael. Isis não vê empecilhos para ir à praia, jantar ou ir a casa de amigos, que não contam com "estrutura" para receber bebês.
"Sou muito prática. Vamos para praia? Coloco duas fraldas, uma blusinha na bolsa e bora. Não tenho frescura. Na casa de amigo, lavo o bumbumzinho na pia mesmo. Saio de casa às vezes meio-dia com meu filho e volto às 20h. E ele vai amarradão. Vou jantar e ele dorme no meio do restaurante", conta.
A atriz critica mães superprotetoras, como algumas das personagens da novela, e acredita que o cuidado exagerado acaba prejudicando elas mesmas e os próprios filhos.
"Estou criando assim porque fui criada desta forma. Minha mãe foi esperta. Tem muita criança chata, que é por causa da mãe. Você entra no quarto e ela já fica fazendo sinal de silêncio com o dedo. Aí você dá um espirro e a criança já chora (risos). Estou mentindo? É um horror. Você para de viver e a vida vira um inferno de tantas privações", dispara.
Meninos também choram
Isis também afirma tentar educar o filho para que ele não seja machista e respeite a diversidade.
"Lógico que menino chora. E tem muita mulher mais machista que homem. Acho que tanto a mulher quanto o homem têm que ser educados de forma igual. Vou dar o melhor de mim para o meu filho entender que as pessoas são diferentes, mas têm direitos iguais. É muito difícil você criar um ser humano, ajudar ele a amadurecer como homem."
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