Mateus Solano fala sobre planos de reviver Félix: "Acho que já desistiram"
O ator Mateus Solano recebeu o desafio de dar vida a Zé Bonitinho na nova fase da Escolinha do Professor Raimundo, da TV Globo. Mas ele contou que, originalmente, sua participação no humorístico não era para encarnar o icônico personagem imortalizado por Jorge Loredo.
"Eu fui chamado para fazer o Seu Ptolomeu, aquele personagem do bordão 'Nem tanto, mestre'. O Rodrigo Lombardi era quem ia fazer o Zé Bonitinho e não pode fazer. Aí o Marcelo Adnet [humorista que vive Rolando Lero na Escolinha] falou que eu tinha recurso para fazer o Zé Bonitinho. Fiquei lisonjeado", revelou em entrevista hoje no Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.
Solano disse ainda que o tempo para se adaptar ao novo papel foi curto. "Foram duas semanas intensas para estudar pegar os tiques do personagem. Deu certo e eu faço com uma enorme alegria".
Félix
O ator falou também sobre um de seus personagens mais marcantes em novelas, o vilão Félix Khoury, de Amor à Vida: "O texto do Walcyr [Carrasco, autor da novela] beirava o tragicômico. Tinha uma cena que eu fazia um besteirol e a cena seguinte era profunda, de um problema de um garoto que não era amado pelo pai. Foram 221 capítulos que eu tinha que aparecer pelo menos uma vez por bloco. Eram cinco cenas por capítulo, pelo menos. Foi um trabalho hercúleo, mas muito divertido também e que me traz esses louros até hoje", lembrou.
Embora o sucesso de Félix tenha tido um grande alcance, Solano revelou que não tem planos para reviver o personagem em algum spin-off: "as pessoas têm saudades do Félix, têm vontade de ver de novo. Ele já estava aqui dentro de mim, costumo dizer que eu dava pinta muito antes de vivê-lo. Mas para voltar a ser o Félix, eu acho que não. Teriam que me pagar tão bem que acho que já desistiram", disse gargalhando.
Mistério de Irma Vap
Ao lado de Luís Miranda, Mateus Solano trabalha atualmente na peça O Mistério de Irma Vap, uma adaptação da obra que ficou em cartaz durante onze anos com Ney Latorraca e Marco Nanini. "Não teria sentido trazer de volta um grande sucesso daquela época da mesma maneira como ele foi feito. [...] Tem uma dinâmica diferente de fazer o espetáculo e de contar a história também. A gente traz a história para esse momento que a gente está vivendo agora", contou Miranda.
A peça é marcada pelo dinamismo dos atores, que trocam de figurinos constantemente e interpretam personagens diferentes. A montagem atual, apresentada no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, inclui no espetáculo todo este processo de caracterização: "É uma loucura. E a gente expõe essa loucura toda. A gente mostra a troca de roupa. E os quatro camareiros que ficam nos bastidores aparecem na cena como personagens de um trem fantasma. É absolutamente diferente da montagem do Ney e do Nanini", concluiu Solano.
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