Covid-19: 'Sinto que continuo em isolamento social', diz Victor Hugo do BBB

Alguns dos eliminados do "BBB 20" enviaram vídeos ao "Fantástico", da TV Globo, para relatar como têm lidado com a quarentena do novo coronavírus logo depois de deixarem o confinamento do reality show. Enquanto Pyong curte o filho e a médica Marcela se espanta com a situação dos hospitais do Brasil, Victor Hugo lamenta por não conseguir ver os amigos.

"Eu ainda não tive muito contato social. Eu saí, fui para as entrevistas que tive de fazer logo em seguida, mas não consegui ter muito contato com outras pessoas. A sensação que eu tenho é de que eu continuo no isolamento social", disse o rapaz.

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Além de Victor Hugo, Marcela e Pyong, o vídeo publicado pelo site do "Fantástico" conta com Daniel, Guilherme, Bianca e Gabi. Dentre os últimos oito eliminados do BBB 20, apenas Felipe Prior não está na gravação - o ex-participante foi acusado de estupro e tentativa de estupro.

Leia os relatos completos dos eliminados do BBB 20:

Marcela

Estou passando para contar para vocês como foi a minha experiência de sair do confinamento e dar de cara com tudo que tá acontecendo aqui fora em relação ao coronavírus. Foi muito chocante, lá dentro da casa a gente não tem essa percepção de que é tão grave. Por mais que a gente tenha informação, a gente não tinha noção de que estava tão grave. Quando eu saí e vi todo mundo de máscara, ninguém podendo se abraçar e se cumprimentar, foi um choque muito grande. Mexeu muito comigo. Foi uma das coisas mais interessantes, porque lá dentro a gente tinha muita troca de afeto, de carinho. Eu e a Gi estávamos sempre grudadinhas, sempre fazendo carinho.

Aqui fora, a gente não pode ter essa troca com ninguém. Não pode cumprimentar, beijar nem abraçar. Foi uma coisa que estranhei muito. Como médica, as notícias me tocaram demais. Quando eu comecei a entender como estão as questões dos hospitais com falta de aparelho, falta de leito... Eu estou extremamente mexida com essa situação e tentando acompanhar e entender o que está acontecendo no mundo. Fiquem em casa, lavem as mãos, tomem todas as medidas para que a gente consiga sair logo dessa.

Daniel

Foi muito assustador, porque lá dentro a gente não tinha noção do quão grave era essa situação. Quando saí e vi todas as notícias, fiquei muito triste. Não só notícias do nosso país, mas de outros países também. Fiquei muito triste mesmo. Tenho certeza de que é o momento de a gente parar e repensar várias atitudes e pensamentos que a gente tinha em relação ao nosso mundo e a natureza. Esse é o momento de a gente repensar tudo e evoluir como ser humano para ajudar sempre o nosso mundo e a nossa natureza, que precisa tanto de nós.

Guilherme

Para mim, está sendo muito difícil. Depois de tanto tempo que fiquei lá, eu achei que fosse ver meus amigos, viajar, fazer minhas coisas e trabalhar bastante. Infelizmente, por um motivo muito importante, a gente está ficando em casa isolado. Eu até aconselho todos vocês a seguirem todos os passos que todo mundo tem feito: fiquem em casa, lavem bem as mãos, só saiam em caso de extrema necessidade. Usem álcool em gel, isso é muito importante. Só assim a gente vai poder acabar com o vírus e sair de casa novamente sem se preocupar com nada.

Gabi

Foi bem difícil. Assim que eu saí do confinamento, eu me deparei com toda a equipe com máscaras, passando toda a hora álcool em gel. E eu perguntei para o Tiago como estava a situação. Ele disse que estava bem complicada, que no brasil já tinha tido algumas mortes e no mundo também estava bem difícil.

Eu fiquei extremamente chateada, eu não esperava essa situação, e procurei me cuidar passando álcool em gel evitando aglomerações, contato com as pessoas, passar a mão no olho, na boca. E falei para as pessoas no Instagram se conscientizarem, evitarem sair de suas casas o máximo. Eu estou aproveitando esse tempo para conversar com minha família, com meus pais, para compor minhas músicas, tocar violão... eu estava morrendo de saudade.

Bianca

Confesso que ajudou bastante, principalmente na questão de fazer comida. Lá eu me arriscava muito em fazer comida, a gente tinha nossas tarefas de casa, e eu meio que adaptei isso para cá. Isso acabou me ajudando bastante, viu? Estou curtindo as pessoas que eu gosto. Estou com um amigo meu escutando as lives que estão rolando, estamos trabalhando bastante e segurando a barra da maneira mais positiva possível, se cuidando muito dentro de casa e torcendo para que tudo isso passe logo.

Pyong

Foi muito maluco. Quando a gente recebeu a notícia, a gente não tinha noção da gravidade. Foi o primeiro contato com esse assunto. Quando falaram que eram 200 casos, que estava começando a coisa de quarentena, eu pensei: 'Ah não deve ser tão grave'. Quando eu saí, não tinha nem plateia, não tinha ninguém, já tinham dispensado muitos funcionários... Estava uma situação de 'meu Deus, ninguém encosta em ninguém', não pode mais sair. Foi um pouco chocante. O confinamento de agora tem coisas boas: eu estou com meu filho, com minha esposa, e isso é muito importante para mim.

Essa quarentena faz com que as pessoas tenham alguns surtos leves, né? Ansiedade, depressão, estresse, pânico... O ser humano foi feito para conviver em sociedade, interagir com outro ser humano. Somos seres sociáveis. Por isso que muita gente está tendo surtos ultimamente. Eu tenho feito lives para ajudar as pessoas com conhecimento sobre a mente humana, hipnose ao vivo... Está sendo uma experiencia maluca. Se cuidem e cuidem dos familiares.

Victor Hugo

Quando eu saí da casa [do BBB], estava bem no início da pandemia do coronavírus. Eu fiquei muito surpreso com o que estava acontecendo aqui fora. Lá na casa, a gente até brincava que poderia acontecer o apocalipse zumbi aqui fora, e a gente não saberia. Quando eu saí, fiquei bem assustado com o que estava acontecendo era muita informação para absorver, aprender, saber como se prevenir. Eu ainda não tive muito contato social. Eu saí, fui para as entrevistas que tive de fazer logo em seguida, mas não consegui ter muito contato com outras pessoas. A sensação que eu tenho é de que eu continuo no isolamento social.