Miguel Falabella não aguenta mais lives: 'Todo mundo se acha genial agora'
Durante o Papo de Segunda de ontem, na GNT, Miguel Falabella revelou que não é grande fã de lives, nova moda que tomou a internet durante a quarentena. "Quando vejo que alguém está fazendo uma live me dá vontade de sair gritando. Estou 'pelas tampas' com lives'", disse o ator, escritor e diretor no início do programa.
"O [Umberto] Eco tinha razão, a internet deu voz ao idiota da aldeia. Agora todo mundo se acha genial e quer fazer live o tempo inteiro", continuou Falabella antes de explicar porque não é adepto a acompanhar lives, exceto por algumas: "Estou em isolamento, mas estou trabalhando, tenho o que fazer, não estou à toa. Claro que não estou generalizando, mas se for assim vou passar o dia todo em lives".
Aos 63 anos de idade e com quase 40 de carreira, o eterno Caco Antibes, da sitcom Sai de Baixo, da Rede Globo, também disse que não se considera interessante ao ponto de realizar lives. "Não acho que eu seja uma pessoa interessante para as pessoas. O meu trabalho sim pode ser interessante, mas eu não", falou exibindo modéstia.
Falabella tem usado o seu perfil no Instagram para recitar poesias e mostrar curiosidades da quarentena. "Na minha página não tem bobagem. Falo de poesia, pois acho importante recuperar a língua, ainda mais em uma época em que as pessoas não leem mais nada. Então, elas podem ouvir e perceber como o português é bonito. Esse é um bom uso da internet, o de poder efetivamente trazer coisas interessantes para as pessoas".
O músico e apresentador Emicida também mostrou que tem "amor e ódio" pelas lives: "Eu vejo que satura. Tem gente que até está substituindo a palavra ligação por live", brincou ele. "Todo mundo está querendo ser visto e a internet virou esse grande ponto de encontro. Parafraseando o Chico Bosco (também apresentador do programa), a internet é o nosso novo espaço público".
O rapper continuou: "As lives são como uma faca de dois gumes. Por um lado é uma janela oportuna para realizarmos um tipo de interação social, já que todos os nossos compromissos sociais foram suspensos. Então, é importante fazer [as lives]. Por outro, que acho bastante perigoso, é que vários artistas entregam gratuitamente as suas criações, sem receber nenhum tipo de remuneração, para plataformas que lucram muito, principalmente com publicidade".
Fernanda Abreu, que fez uma live recentemente, também participou do programa para falar da experiência do "ao vivo virtual": "Nessa pandemia, as lives estão sendo uma forma de aconchegar as pessoas, as aproximando dos artistas e as levando para longe das notícias ruins que vemos toda hora".
"Acho que as lives vão passar a ser mais um ativo do entretenimento. No entanto, nada substitui você sair de casa, encontrar os amigos e entrar em um show para ver aquele artista que tanto gosta bem na sua frente", finalizou a cantora carioca.
O Papo de Segunda é exibido às segundas-feiras, às 22h30, no canal GNT.
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